A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) refere, num comunicado divulgado ontem, que Marta Temido afirmou que foram contratados 287 médicos de família para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), tendo «omitido quantos mais poderiam ter sido contratados no último procedimento concursal».
Segundo a estrutura sindical, «houve 435 vagas a concurso, ou seja, mais 50% que os médicos que acabaram por ser colocados», e, caso fossem preenchidas, permitiria que mais de 230 mil utentes estivessem, neste momento, médico de família.
«Trata-se de um resultado que só pode ser qualificado como uma desilusão. Ficam também por referir as centenas de médicos de família que se reformam em 2020, que provavelmente colocam o balanço anual em terreno negativo», refere a FNAM, acrescentando que «aventar números de forma avulsa e descontextualizada não é sério».
A Federação defende um investimento directo em condições de trabalho adequadas para os médicos do SNS, sob pena de se continuar a assistir a uma «lamentável perda de profissionais, formados no SNS e altamente qualificados».
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