O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, explicou esta manhã à RTP que o objectivo da concentração foi denunciar ao director nacional da PSP que «houve um conjunto de promessas, que o Governo fez no início desta legislatura, que não foram cumpridas», colocando em risco o funcionamento da instituição e a integridade dos profissionais.
«Somos agredidos, somos maltratados, não há condições de trabalho, não há grandes expectativas ao nível da carreira, ou seja, há uma desmotivação grande, uma instabilidade grande e uma revolta grande», afirmou. Só nos primeiros seis meses do ano, quase 400 polícias e 40 militares da GNR ficaram feridos em trabalho.
Os polícias exigem ao director da PSP um papel «mais interventivo» e «mais claro junto do poder político» porque, alerta Paulo Rodrigues, a continuar neste caminho, a instituição arrisca-se a não conseguir cumprir o seu papel.
Na missiva dirigida a António Costa, a ASPP recorda as promessas feitas no início da legislatura, designadamente as que não foram cumpridas e que, segundo contas da associação, «são cerca de 90%». No que ficou por fazer destaca-se o Plano Plurianual de Investimento, o que impede a aquisição e renovação de meios, equipamentos, construção ou renovação de departamentos policiais.
Paulo Rodrigues lamenta ainda que, em período de campanha eleitoral, o tema da segurança não tenha estado na mesa dos debates e frisa que, a manter-se a situação, os polícias estão preparados para prosseguir a luta.
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