A manifestação nacional foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN) com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (CGTP-IN). Ambas as estruturas têm organizado várias acções de contestação, entre as quais a greve prolongada que decorreu até 2 de Janeiro.
Em causa está a decisão unilateral do Governo de avançar com alterações ao regime de carreira e aposentação, sem qualquer negociação prévia. Entre as medidas, os diplomas prevêem um aumento da idade de reforma e uma redução salarial significativa, ao ponto de um bombeiro em início de carreira receber menos que o salário mínimo nacional.
Em comunicado, o STAL considera que a proposta do Governo representa «uma desvalorização enorme na carreira e não respeita a importância destes profissionais», constituindo «um recuo muito significativo relativamente à possibilidade de progressão e ao salário de entrada».
Por outro lado, o aumento da idade de aposentação, para os 60 anos, também é contestado, com os bombeiros a afirmar que a anterior idade definida tinha um propósito claro, de não «prejudicar o socorro que é prestado às populações», visto que carregar um equipamento com mais de 45 quilos enquanto se resgata uma pessoa não é exequível com tal idade.
No passado dia 14 de Janeiro, os bombeiros sapadores e municipais de Lisboa realizaram uma concentração de protesto em frente ao Ministério do Trabalho. Após terem sido recebidos pela tutela, perante a resposta insatisfatória, os manifestantes aprovaram a realização de uma nova greve de 15 dias, de 21 de Janeiro até 5 de Fevereiro.
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