A empresa tinha conhecimento de que a funcionária era portadora de diabetes e de que, por orientação médica, teria de ingerir alimentos de duas em duas horas, refere o CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, numa nota em que revela que a trabalhadora desmaiou na loja do Pingo Doce em Algés.
O sindicato lembra que «o desrespeito pela vida e integridade dos trabalhadores já motivou por diversas vezes desmaios e o facto é que já não é a primeira vez que esta situação acontece na loja». Alerta ainda para os casos crescentes de enfermidades «ligadas às doenças músculo-esqueléticas (tendinites) e doenças do foro psicológico», e chama a atenção para «as práticas desumanas, os ritmos de trabalho altamente lesivos para a saúde dos trabalhadores».
A estrutura sindical denuncia que o Pingo Doce se recusa a reunir, «alegando não existirem problemas nos locais de trabalho e incumprimento das regras», tendo faltado por duas vezes às reuniões de negociação na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O desrespeito e o silêncio do Pingo Doce pelas reivindicações dos seus trabalhadores são bem demonstrativos do modo como a empresa encara aqueles que todos os anos a têm feito crescer «em milhões e milhões de euros em lucros», afirma ainda o CESP.
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