No dia de votação na especialidade

CGTP defende que 35 horas para todos seja prioridade

Arménio Carlos defende, no dia da votação na especialidade no Parlamento, que as 35 horas para todos os trabalhadores se torne uma reivindicação prioritária.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN
Arménio Carlos defende que as 35 horas sejam para todos os trabalhadores em funções públicasCréditos

O secretário-geral da CGTP- IN, Arménio Carlos, afirma que a reivindicação de 35 horas semanais para todos os trabalhadores deve tornar-se uma  prioridade nas reivindicações do movimento sindical no próximo ano.

«A redução do horário de trabalho tem sido reivindicada ao nível da contratação colectiva, mas, tendo em conta a conjuntura, tem sido dada prioridade ao aumento dos salários e à melhoria da segurança no trabalho. Consideramos que está na altura de tornar prioritária a reivindicação das 35 horas de trabalho para todos», refere Arménio Carlos à imprensa.

As declarações são feitas no dia em que será votada em especialidade na Assembleia da República a proposta legislativa para repor as 35 horas de trabalho semanal na Administração Pública no dia 1 de Julho.

O secretário-geral da Intersindical revela que, após o período das férias de Verão, os órgãos dirigentes da CGTP vão aprovar o caderno reivindicativo para o próximo ano, com a respectiva política de rendimentos, devendo definir como prioritária a reivindicação do horário de trabalho semanal de 35 horas para todos os trabalhadores e setores de actividade.

«Se não conseguirmos que isso seja feito por alteração legislativa, teremos de lutar para o conseguir caso a caso nas empresas e sectores de actividade», afirmou.

Segundo Arménio Carlos, as 35 horas de trabalho semanal já são praticadas em muitos sectores e empresas, através da contratação colectiva, abrangendo mais de 100 mil trabalhadores.

Referiu como exemplo as cimenteiras Cecil e Cimpor, que praticam 39 horas na fabricação e 37 na área administrativa, a vidreira Sekurit/Saint-Gobain, com 35 horas, e as pousadas Pestana, com 39 horas na época alta e 37 na baixa. As indústrias metalúrgica e a eléctrica, os transportes e o sector financeiro,  são outros exemplos do sector privado onde se praticam horários entre as 35 e as 39 horas de trabalho semanal.

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