A falta de respostas da tutela às reivindicações apresentadas deu o mote à acção de luta convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN). A concentração de segunda-feira junto ao Campus XXI, em Lisboa, pelas 12h, tem como objectivo exigir a valorização do trabalho prestado em dias feriados, o cumprimento do horário e dos seus limites legais, e a valorização dos trabalhadores com funções de vigilância e recepção.
Ontem, numa reunião com sindicatos, a ministra da Cultura terá manifestado «abertura para analisar» as exigências e tentar dar resposta às reivindicações destes trabalhadores a partir de Janeiro de 2025, segundo explicou à Lusa Orlando Almeida, dirigente da FNSTFPS.
Recorde-se que decorre desde Maio e até 31 deste mês o aviso prévio de greve dos trabalhadores da Museus e Monumentos de Portugal (MMP) nos feriados e ao trabalho suplementar, cuja adesão tem levado ao encerramento de vários equipamentos culturais de Norte a Sul, como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, o Convento de Cristo, o Mosteiro de Alcobaça e a Fortaleza de Sagres.
Segundo Orlando Almeida, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela MMP trabalham actualmente cerca de 950 funcionários, que «só recebem mais cerca de 15 euros para trabalhar num feriado, e são-lhes pagas até duas horas suplementares, enquanto as restantes são recompensadas com tempo, que nunca chega a ser usufruído por falta de recursos humanos». Trabalhadores de museus e monumentos concentram-se no Ministério da Cultura. «Se o horário de um trabalhador terminar às 18h e houver um evento nesse dia no museu ou monumento até às 23h, por exemplo, a partir das 20h0já não recebe», denunciou o dirigente sindical.
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