A Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) anuncia que será realizado no próximo dia 15 de Setembro, com início às 10h15, na Praça de Londres, em Lisboa, um plenário nacional de trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), onde será aprovada uma resolução a ser entregue nos Ministérios do Trabalho e do Planeamento.
Segundo a estrutura sindical, é suposto a EMEF «ser uma empresa estratégica para a CP, permitindo-se com a sua constituição, o alargamento a outros mercados». No entanto, a Fectrans denuncia que «ao longo do tempo, temos vindo a assistir à diminuição do seu papel estratégico, com a substituição por empresas privadas, sendo o exemplo mais recente a renovação dos Alfas, em que a intervenção da EMEF é inferior aos 50%».
A Fectrans já havia denunciado que o Tribunal de Contas, no seu acórdão 14/2016- 1.ªS/PL, de 14 de Julho, voltou a colocar a questão da EMEF poder ser encarada como um operador que está no mercado, em vez de poder estar ao serviço da CP. A federação sindical acusa este acórdão de entender que, nos termos das normas internas e da União Europeia, a relação entre as duas empresas tem que ser sujeita a concursos, «acabando-se assim com o carácter estratégico da empresa». O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) já tinha divulgado a intenção de marcar plenário para este mês.
O comunicado sindical sublinhava que as oficinas do caminho de ferro que hoje integram a EMEF têm uma experiência centenária acumulada de reparação e manutenção do material circulante da CP. A Federação exige do Governo uma resposta rápida, «de modo a salvaguardar e clarificar que a EMEF é um prolongamento da CP e estratégica para a sua actividade», de forma a que seja retomado o funcionamento normal entre as duas ou então, reafirma a Fectrans, «tomar de vez a medida que sempre defendemos, de reintegração da EMEF na CP, como forma desta possuir um instrumento que garanta a qualidade e segurança do material circulante».
Neste plenário analisar-se-á a situação da empresa, dos postos de trabalho e da precariedade laboral, o ponto de situação da contratação colectiva e a redefinição das suas reivindicações e acções.
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