O ano é novo, mas os problemas que estes enfermeiros enfrentam «não são novidade», afirma o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN) numa nota à imprensa. Reivindicam a contratação urgente de pessoal para dar resposta às necessidades e a «contabilização de todos os pontos/anos de serviço no Serviço Nacional de Saúde para efeitos de progressão, independentemente do mês de entrada, nomeadamente os anos com contrato com vínculo precário e tempo trabalhado noutras instituições».
A transição de todos os enfermeiros especialistas para a respectiva categoria e a regulação dos horários de trabalho, com a aplicação das 35 horas semanais de trabalho a todos os enfermeiros, a fim de poderem conciliar a vida profissional com a vida pessoal, são outras exigências a motivar a greve de amanhã.
«É fundamental criar condições de trabalho para atrair e fixar enfermeiros e dar resposta às necessidades já evidenciadas», insiste o SEP. Actualmente trabalham no Hospital de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, cerca de 500 enfermeiros, número que o SEP entende ser insuficiente para as necessidades daquela unidade de saúde.
«A carência de enfermeiros no Hospital de Vila Franca de Xira é uma realidade evidente», lê-se no comunicado. «Esta situação levou, não só à redução de enfermeiros por turno, pondo em causa a qualidade dos cuidados prestados pela instituição, como levou à realização de trabalho extraordinário programado, acumulação de dezenas de feriados não gozados, redução de folgas, aumento do ritmo de trabalho e mantendo, na maioria dos serviços, as 12 horas como período normal de trabalho», acrescenta.
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