Os enfermeiros da Divisão para a Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (DICAD) da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte marcaram para hoje um protesto por melhores condições de trabalho. Para além da paralisação, os profissionais de saúde concentraram-se a partir das 11h30 à porta da ARS. De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) a adesão à greve é de cerca de 70%.
Os enfermeiros que intervêm junto da população com comportamentos aditivos e dependências reivindicam a admissão de mais profissionais, o fim da precariedade e dos falsos recibos verdes e da «mobilidade forçada que obriga enfermeiros a deslocarem-se de umas unidades para outras sem conseguirem dar resposta às necessidades».
«A adesão à greve demonstrou o descontentamento e a união dos enfermeiros da DICAD da região Norte»
Raquel Gallego, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses
Raquel Gallego do SEP, em declarações à imprensa, afirmou que existem 53 enfermeiros na região Norte, «o que é insuficiente». A enfermeira diz que esta «falta crónica de enfermeiros e a situação de precariedade de 14 profissionais que ali exercem funções há mais de 10 anos» justificam o protesto.
O SEP destaca o papel destes profissionais «na abordagem humanista junto das pessoas com dependências de álcool, drogas, jogo ou outras» em comunicado aos utentes da DICAD. Os enfermeiros integram equipas técnicas, unidades de desabituação e comunidades terapêuticas.
A ARS do Norte confirma a escassez de enfermeiros, apesar de estar aberto um concurso para contratação de profissionais desde 2013. O último concurso, aberto em 2010, levou mais de quatro anos a ser concluído, denuncia o sindicato.
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