A pedido do Governo, as confederações patronais e sindicais reúnem-se hoje à tarde em sede de concertação social para discutir a reforma do Código do Trabalho, a contratação colectiva e as várias propostas do primeiro. A convocação da reunião sucede após, na Assembleia da República, o PS ter convergido com o PSD e o CDS-PP para chumbar várias alterações laborais propostas pelo PCP.
O PS votou contra e argumentou que as alterações deviam ser discutidas em sede de concertação social, apesar de, sobre a subida do Salário Mínimo Nacional, ter afirmado que o Parlamento é que decidia. De forma semelhante, quando foi para introduzir essas «normas gravosas», umas vezes pelo PS, outros pelo PSD e o CDS-PP, bastou a maioria parlamentar para o fazer.
A CGTP-IN repudiou o esquema e afirmou que são matérias que têm de ser tratadas na Assembleia da República, pois foi lá que foram decididas e votadas as «normas gravosas da legislação laboral, logo também deverá ser a assembleia a assegurar a sua eliminação».
Para a Intersindical, conforme tem afirmado Arménio Carlos nas últimas semanas, esta opção demonstra a falta de vontade do Governo em romper com o modelo de baixos salários e precariedade, seguindo «a velha máxima de mexer em alguma coisa para que tudo fique na mesma» ou dando várias contrapartidas para conseguir o oval dos patrões.
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