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Grande adesão à greve no comércio e misericórdias no Primeiro de Maio

Foi grande a adesão dos trabalhadores das empresas de distribuição, do comércio retalhista, das IPSS e das misericórdias à greve convocada para o Primeiro de Maio, indica a Intersindical.

Pela primeira vez desde que abriu em Portugal, o El Corte Inglés decidiu abrir no Primeiro de Maio; os trabalhadores realizaram um piquete nas duas principais lojas da empresa e uma concentração, em Lisboa, com a presença da secretária-geral da CGTP-IN 
Créditos / CESP

Segundo informação divulgada pela CGTP-IN, os trabalhadores destes sectores de actividade estiveram em greve, por todo o país, tendo participado activamente nos piquetes de greve e participado nas manifestações que a Intersindical agendou.

Algumas lojas tiveram de encerrar, enquanto outras, permanecendo abertas, funcionaram com grandes limitações, refere a central sindical, acrescentando que muitas instituições estiveram a trabalhar em serviços mínimos.

Nas empresas de distribuição, os trabalhadores estiveram em luta pelo direito a não trabalhar no Primeiro de Maio, pelo aumento dos salários de todos os trabalhadores e pela negociação do contrato colectivo de trabalho, sem bancos de horas nem retirada de direitos, anunciou o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) em nota de imprensa.

No que respeita aos trabalhadores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e misericórdias, o CESP lembra que foram «o rosto esquecido» da luta contra a pandemia, sendo que muitos foram confinados ao interior das instalações com os utentes por 24 horas, 15 dias consecutivos, enquanto outros trabalharam 12 horas por dia, sete e 14 dias consecutivos.

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Na rua, em defesa de direitos e salários

A CGTP comemora em todo o País o 1.º de Maio, nomeadamente no Porto (Av. dos Aliados) e em Lisboa (concentrações a partir do Campo Pequeno e dos Anjos, para a Alameda Afonso Henriques), ambas às 15h.

Centenas de activistas e dirigentes sindicais cumprem as regras de distanciamento nas celebrações do 1.º de Maio, na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, a 1 de Maio de 2020
CréditosPaulo António

Estas iniciativas de comemoração do Dia Internacional do Trabalhador, que vão decorrer em todos os distritos do continente e nas regiões autónomas, têm como pano de fundo a luta dos trabalhadores pelos seus direitos, pelo emprego e por melhores salários, em defesa da contratação colectiva e da melhoria dos serviços públicos.

Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) convocou para este 1.º de Maio um dia de luta nas empresas de distribuição, pelo direito a não trabalhar neste dia, mas também pelo aumento dos salários e pela negociação do respectivo Contrato Colectivo de Trabalho, sem bancos de horas nem retirada de direitos.

O CESP denunciou também o facto de o El Corte Inglés, pela primeira vez desde que se instalou no nosso País, decidir abrir no Dia Internacional do Trabalhador. Nesse sentido, os trabalhadores estarão em piquete na manhã deste 1.º de Maio nas duas principais lojas da empresa. Cerca das 10h realizam uma concentração na loja da Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, que contará com a presença da secretária geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

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Neste sentido, afirma a estrutura sindical, «é inaceitável que os trabalhadores das IPSS, misericórdias e mutualidades continuem a receber o salário mínimo nacional e a trabalhar no limite das suas forças por falta de trabalhadores».

O trabalho é «máximo», mas o salário é o «mínimo» e, como tal, os trabalhadores exigem o aumento dos salários de todos os trabalhadores do sector social, bem como a valorização das suas categorias e carreiras profissionais, que «é urgente e fundamental».

No pré-aviso de greve apresentado pela Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços (CGTP-IN) para o Dia do Trabalhador, foram definidos como objectivos: o aumento do salário de todos os trabalhadores em 90 euros e a fixação do salário mínimo nacional em 850 euros a curto prazo; o encerramento do comércio no Primeiro de Maio e em todos os domingos e dias feriados; a valorização das carreiras e categorias profissionais; a fixação do horário de trabalho nas 35 horas semanais; a estabilidade no emprego, contra a precariedade.

«É urgente que os patrões aceitem negociar os contratos colectivos de trabalho com valorização dos salários e carreiras, sem retirada de direitos, nem desregulação dos horários de trabalho», sublinha a Intersindical.

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