A greve parcial, que arrancou hoje de madrugada e se prolonga até 12 de Maio, num molde duas horas por cada turno, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN).
Em nota, o SINTAB afirma que, «neste primeiro dia de greve, verificou-se na fábrica da Sagres uma adesão de 100%, com uma paragem total da fábrica, e prevê-se os mesmos resultados para toda a semana».
O sindicato explica que os trabalhadores da Central de Cervejas e Bebidas decidiram avançar com a greve face à sua frustração com o impasse nas negociações do acordo de empresa (AE), nas quais, «após três rondas negociais com a administração», verificaram que «as propostas apresentadas ficam muito aquém das suas reivindicações».
«Os trabalhadores sentiram a necessidade de avançar com esta luta para demonstrar o seu descontentamento e levar a empresa a apresentar uma proposta mais realista onde se verifique uma justa distribuição da riqueza», acrescenta o SINTAB.
Entre as reivindicações, os trabalhadores exigem «aumentos salariais dignos e justos para todos» na ordem dos 4%, num mínimo de 40 euros, com vista à diminuição da desigualdade salarial, e um aumento de 1% no subsídio de turno, assim como a revisão no AE das avaliações, promoções e categorias profissionais.
Os trabalhadores da Central realizarão ainda concentrações diárias de duas horas em frente ao portão da fábrica, a terem início às 5h, 7h30 e 21h. O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, estará presente em solidariedade no próximo dia 9, durante a manhã.
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