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Greve nas rodoviárias da Barraqueiro a 19 de Outubro

Depois da conquista de aumentos salariais no grupo EVA, os trabalhadores de várias empresas de transporte da Barraqueiro fazem greve este mês. Exigem tratamento igual e melhores condições de trabalho.

Autocarro da Mafrense, uma das empresas do grupo Barraqueiro
CréditosKotomi / CC BY-NC 2.0

De momento, estão entregues pré-avisos de greve para um leque de dez empresas rodoviárias detidas pelo grupo Barraqueiro, que arrancará dia 19 de Outubro às 3h e terminará à mesma hora do dia seguinte.

A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) confirma que estão abrangidas a Barraqueiro Transportes (Boa Viagem, Estremadura, Mafrense, Barraqueiro Oeste, Barraqueiro Alugueres), a JJ Santo António, a Isidoro Duarte, além das rodoviárias de Lisboa e Alentejo.

«Não é aceitável que o mesmo patrão não tenha o mesmo tratamento em todas as empresas do grupo, pelo que é necessário que os trabalhadores lutem pelo seu legítimo direito de verem aumentados os salários e pela melhoria das condições de trabalho», lê-se no comunicado destinado aos 2000 trabalhadores repartidos pelas várias empresas.

No fim de Setembro, a ameaça de uma forte greve dos trabalhadores das rodoviárias de passageiros do grupo EVA (Frota Azul, Translagos, Próximo, Mundial Turismo), por sua vez detido pela Barraqueiro, resultou em vitória com a cedência da administração às reivindicações.

Um processo de luta que decorreu ao longo do Verão, com diversas greves e cuja última, que acabou por não se realizar, contou com a solidariedade dos trabalhadores das mencionadas empresas do grupo Barraqueiro que tinham decidido em plenário também vir a Lisboa para protestar em frente à sede da Barraqueiro.

Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais e, sobretudo, exigem a correcção das diferenças salariais entre as empresas do mesmo grupo, que se reflectem em profissionais com as mesmas funções a receber salários e subsídios muito diferentes.

A Barraqueiro replica um expediente que é comum a outros grandes grupos económicos: contratando através de uma teia de empresas, exclui um conjunto de trabalhadores de vários direitos, resultando em funcionários com as mesmas funções a receberem salários significativamente diferentes e com condições de trabalho piores.

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