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Greve no sector ferroviário exige valorização dos profissionais

A paralisação na CP e IP vem no seguimento de outras acções de luta e contesta o facto de a administração continuar sem responder às justas reivindicações dos trabalhadores, afirma a Fectrans.

Comboios parados na estação de Santa Apolónia
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

A greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal, da IP e das suas empresas filiadas (IP Telecom, IP Património e IP Engenharia) foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN) e pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), que reclamam um aumento geral dos salários.

José Manuel Oliveira, dirigente da Fectrans, disse hoje de manhã à Lusa que as perspectivas apontam para uma forte adesão à greve e muitas perturbações no serviço prestado ao público: bilheteiras e comboios.

A paralisação vem no seguimento de outras acções de luta e contesta o facto de a administração e o Governo continuarem sem responder às justas reivindicações das organizações representativas, afirma a estrutura, acrescentando que se assiste à secundarização destes trabalhadores, que não vêem valorizados os salários, que são preteridos no preenchimento de vagas e se vêem ultrapassados por recrutamentos externos que entram na empresa com salários mais elevados e condições muito superiores aos que são efectivos das empresas.

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Greve na CP e IP exige «outra via» para o sector

A adesão de uma grande maioria dos trabalhadores destas empresas à greve desta quinta-feira vem dar força às reivindicações de valorização salarial e de uma nova política para o sector ferroviário.

CréditosManuel de Almeida / Lusa

Nas concentrações hoje realizadas em Lisboa e Porto, os trabalhadores aprovaram uma resolução em que reivindicam respostas às propostas apresentadas às respectivas administrações.

Estas concentrações decorreram durante o dia de greve que, segundo fonte sindical, regista uma «forte adesão» dos trabalhadores da CP, IP e empresas afiliadas, e que está a provocar perturbações no normal funcionamento das empresas.

Em comunicado divulgado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) afirma que «a esmagadora maioria dos trabalhadores está a aderir à greve, como se vê pelo encerramento de estações, bilheteiras e muitos serviços de atendimento ao público», registando-se ainda supressões de comboios ou a redução dos seus percursos.

A estrutura sindical sublinha também que se registam adesões de 90% nas oficinas da CP, o que paralisou um sector que «tem sido objecto de muita propaganda do Ministério/Governo, quebrando assim a programação de recuperação, conservação e manutenção de material circulante».

Desta forma, os trabalhadores demonstraram que querem «outra via para este sector», a da negociação colectiva para a valorização dos seus salários, das suas profissões e resolução dos conflitos laborais, afirma a Fectrans.

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Segundo o SNTSF e a Fectrans, as orientações do Governo para as empresas do sector «são de contenção e congelamento dos salários», pelo que «há razão para que a luta na IP e empresas aliadas seja coincidente com a da CP, que têm ambas a mesma tutela governamental».

«Os trabalhadores destas empresas querem ver valorizados os seus salários que, cada vez mais, se aproximam do salário mínimo nacional e porque é uma reivindicação de todos, entendemos que é necessário que a luta seja cada vez mais abrangente e com trabalhadores de todas as categorias e profissões», afirmam as estruturas sindicais.

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