De acordo com os números do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), cerca de 2000 guardas prisionais deveriam ter progredido na carreira em Janeiro deste ano, apenas com base nos pontos já acumulados, o que não aconteceu.
Por causa das reivindicações a que a tutela não deu resposta, como a avaliação e o congelamento da carreira, o sindicato entregou na sexta-feira um pré-aviso de greve para os dias 20 a 23 de Setembro.
Em declarações hoje à Lusa, o presidente do SNCGP, Jorge Alves, adiantou também que está agendada uma manifestação para o primeiro dia de greve, em frente do Ministério da Justiça.
O presidente do sindicato dos guardas prisionais «estranha» não ter havido qualquer convocatória para uma reunião por parte da tutela, nem para tentar um entendimento que permitisse desconvocar a greve, nem para definir serviços mínimos da paralisação, que abrange um fim-de-semana inteiro, período de muitas visitas a reclusos.
O SNCGP quer ainda ver resolvida a questão do descongelamento da carreira. «Em relação ao corpo da guarda prisional, continuamos sem saber como é que conseguimos recuperar, a exemplo de outras carreiras da Administração Pública, o tempo de serviço congelado», afirmou o dirigente.
Há ainda questões como o horário de trabalho e o número de efectivos em serviço, tendo Jorge Alves referido casos de estabelecimentos prisionais com mais de 50 reclusos onde a vigilância à noite fica a cargo de um único guarda, colocando em causa a segurança das prisões e dos reclusos.
com Agência Lusa
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