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Hutchinson Borrachas: trabalhadores não passam borracha ao silêncio do patronato

No passado mês de Dezembro, os trabalhadores da Hutchinson Borrachas decidiram dar uma data limite ao patronato para responder às suas reivindicações. Na ausência de resposta, em plenários, os trabalhadores decidiram avançar para uma greve. 

Há greve à vista na Hutchinson Borrachas e tudo indica que o processo seria evitável caso o patronato assim o quisesse. Os trabalhadores, no passado mês de Dezembro tinham definido a data limite de 8 de Janeiro para o patronato responder ao Caderno Reivindicativo para 2024.

Numa atitude de desrespeito para com os trabalhadores que já se vinha a arrastar, os patronato continuou sem dialogar. Desta forma, na semana de 8 a 12 Janeiro, os trabalhadores, organizados no SITE Sul, voltam a reunir-se em plenários, para analisarem a situação que se verificava.

Como resultado da primeira discussão, correspondendo ao espaço democrático que existe nem tipo de reuniões, colectivamente os trabalhadores decidiram não retirar uma única vírgula do Caderno Reivindicativo e, além disso, reafirmaram que a Hutchinson tem todas as condições para atualizar os salários em 150 euros.

Também nestes plenários os trabalhadores decidiram que seria necessário definir novas formas de luta. E assim foi. Segundo comunicado do SITE Sul e a sua Comissão Sindical na Hutchinson Borrachas, os trabalhadores decidiram avançar para uma greve no dia 31 de Janeiro.

Conforme se lê na comunicação, os trabalhadores, apesar do silêncio dos patrões, continuam de boa-fé no processo e declararam total disponibilidade para uma reunião com a gerência até sexta-feira, dia 26 de Janeiro, admitindo ser ainda possível evitar a greve, se as respostas da empresa vierem ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores

 O sindicato informa ainda que nas conclusões dos plenários, são definidos cinco pontos prioritários para negociar com a direcção da fábrica, começando pelos aumentos dos salários e do subsídio de refeição; a criação de diuturnidades; o pagamento do trabalho ao sábado e em dia feriado como trabalho suplementar; e a atribuição do dia de aniversário.

Da parte dos trabalhadores é tudo transparente, resta saber agora a real intenção de quem diz mandar, já que há a clara possibilidade para uma boa negociação caso haja vontade para tal. Caso não haja, a fábrica vai parar enquanto a luta está em andamento. 
 

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