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Izidoro instrui processos disciplinares com intenção de despedir

A denúncia sindical revela pedidos de ajuda de trabalhadores nesta situação. O objectivo da empresa parece ser o de «contornar a lei do trabalho» para dispensar funcionários.

Créditos / distribuicaohoje.com

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar Centro Sul e Ilhas (STIAC/CGTP-IN) alerta em comunicado para os diversos pedidos de ajuda que já recebeu de trabalhadores a quem foram instaurados processos disciplinares.

Em comum, todas as notas de culpa prevêem aplicar a sanção mais grave do Código do Trabalho, que é a de despedimento por justa causa sem qualquer indemnização ou compensação para o trabalhador.

Segundo o STIAC, a empresa, que pertence ao grupo Montalva, tem por objectivo «contornar a lei do trabalho, utilizando estes processos de despedimento como "tábua de salvação" para as suas insuficiências de gestão».

A manobra é a de despedir trabalhadores «a qualquer custo e sem custos». O sindicato explica ainda que todos os processos têm por base alegadas irregularidades praticadas pelos trabalhadores, quando é «inexistente» quer a formação, quer a pedagogia por parte da administração.

Aliás, pese embora no seio da empresa coexistirem «múltiplos regulamentos, normas, instruções internas», na realidade nunca é transmitida a informação devida aos trabalhadores, alerta a estrutura sindical.

Para dificultar o tratamento da questão, o STIAC denuncia ainda que a administração não envia para o sindicato os processos disciplinares devidamente instruídos. Todavia, como se aponta no comunicado, no último processo disciplinar desta natureza «foi dada razão ao trabalhador em tribunal».

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