Os trabalhadores da Gramax (antiga Triumph) estão em vigília à porta da empresa desde sexta-feira, para impedir a saída das máquinas e exigir os salários em atraso, depois de terem tomado conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência.
Nas conversas, Jerónimo de Sousa valorizou a determinação e a firmeza dos trabalhadores na defesa dos seus direitos, que, mesmo sob frio e chuva intensa, não permitem que o caso caia no silêncio.
O secretário-geral do PCP reiterou que, no imediato, «é urgente que a empresa em questão pague aquilo que deve aos trabalhadores», e defendeu a continuidade da empresa.
«Não existe uma razão justificativa para encerrar esta unidade de produção», afirmou Jerónimo de Sousa, sendo por isso «importante salvar esta empresa», pô-la a laborar (…), pois estamos perante uma empresa sem dívidas, que tem mercado, com viabilidade e que tem o conhecimento e saberes dos trabalhadores».
Nesse sentido, garantiu o uso de todos os meios ao seu alcance, incluindo a apresentação de um projecto de resolução contra o encerramento, e afirmou que vão «chamar o ministro da Economia» para exigir esclarecimentos e confrontá-lo com este caso.
«Se o ministro esteve presente quando a empresa foi vendida e reabriu, então nesta situação também se justifica a sua presença, porque não basta estar nas horas boas, também é preciso estar nas horas más», disse Jerónimo de Sousa às dezenas de trabalhadoras à sua volta.
O secretário-geral do PCP referiu ainda o quão importante é o Governo pronunciar-se sobre este caso e lembrou que este não pode «limpar as mãos desta situação», tem que «dar garantias a estas trabalhadoras com salários em atraso» e não pode «ficar indiferente».
«Sr. Marcelo venha dar um bocadinho de apoio»
No final da visita, na qual o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, também esteve presente, as trabalhadoras agradeceram a presença de Jerónimo de Sousa e todo o apoio que o PCP tem prestado.
As trabalhadoras lamentaram ainda que o Presidente da República e o primeiro-ministro não tenham vindo ao pequeno-almoço solidário na segunda-feira, para o qual foram convidados, mas afirmam que gostavam que viessem, ficando assim à sua espera.
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