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Vigília na Triumph dura há mais de uma semana

Os trabalhadores da Gramax (antiga Triumph) permanecem à porta da fábrica desde 5 de Janeiro para impedir a saída das máquinas e exigir os salários em atraso.

Os trabalhadores da Gramax (ex-Triumph), com os salários e subsídios em atraso desde Novembro de 2017, perderam os seus postos de trabalho após ter sido decretada a insolvência da empresa
CréditosTIAGO PETINGA / LUSA

A vigília dos trabalhadores da Gramax (antiga Triump) prossegue à porta das instalações da empresa, localizada em Sacavém, de forma a assegurar que nada de valor saia da fábrica. 

Os trabalhadores, que têm vários salários por receber, iniciaram a vigília depois de estes terem tomado conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência, ameaçando os 463 postos de trabalho directos.

Graças à vigília, foi possível impedir a retirada de material por parte de ex-gerentes e responsáveis da empresa em várias ocasiões, tendo a última tentativa ocorrido na sexta-feira após a entrada de elementos desconhecidos na fábrica, à qual o piquete respondeu com um cordão-humano.

Onda de Solidariedade

A situação difícil dos trabalhadores da antiga Triumph, que têm dificuldades financeiras devido aos salários em atraso, não tem passado facilmente despercebida.

Para além dos apoios políticos, por exemplo, está o apoio institucional da Câmara Municipal de Loures e dos Bombeiros de Sacavém.

O primeiro, seja pelo presidente, Bernadino Soares, ou através dos seus vereadores, que, para além da sua constante presença, têm também agilizado diversas ajudas aos trabalhadores, como foi o fornecimento de um stand para se abrigarem do frio, e a colocação de uma casa-de-banho portátil. Os segundos, por terem fornecido e cortado lenha para que os trabalhadores se possam aquecer, entre outras ajudas.

Além disso, têm surgido ao longo da vigília diversas ajudas, como a entrega de alimentos, nalguns casos de forma individual, noutros por associações, permitindo assim que os trabalhadores tenham acesso a refeições quentes no local e em casa (algumas famílias só tinham rendimentos do trabalho na fábrica). 

Neste momento a maior necessidade dos trabalhadores é fazer face às contas que não conseguem pagar, como a àgua, luz e renda, pois também não têm acesso ao subsídio de emprego até o processo de insolvência ficar concluído.

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