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Número de pedidos para uma solução do Governo à crise cresce

Soluções para a Triumph são necessárias

Nesta terça-feira, o tema da insolvência da Gramax (antiga Triumph) voltou a estar na ordem do dia. O BE e o PCP pressionaram o Governo para que haja uma solução rápida que proteja trabalhadores. O Ministro da Economia respondeu que está a fazer esforços nesse sentido.

A fábrica da antiga Triumph, situada na freguesia de Sacavém, concelho de Loures, foi adquirida no início de 2017 pela TGI-Gramax e empregava 463 trabalhadores
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Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, disse hoje esperar que se encontre uma «solução» para a Têxtil Gramax, admitindo a existência de interessados na fábrica, mas, caso não seja possível, «que pelo menos se acautele os direitos dos trabalhadores».

As declarações foram feitas na Comissão de Economia, depois de questionado pelos deputados do BE e do PCP sobre a situação dos trabalhadores da fábrica da antiga Triumph em Loures.

Durante a Comissão de Economia, a deputada comunista Rita Rato relembrou o drama dos trabalhadores, sem salários e sem subsídio de desemprego, e disse que a insolvência ainda não foi decretada e que o tribunal pediu mais informação.

A deputada afirmou novamente ser necessário que o Governo recorra a todos os instrumentos ao seu alcance para impedir o encerramento da empresa e garantir todos os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores.

Por sua vez, o ministro da Economia reiterou que o Governo está a acompanhar o assunto e destacou ainda o empenho do presidente da Câmara de Loures no tema.

«Neste momento acompanhamos com preocupação», afirmou o ministro. «O que seria mais desejável é que aparecessem investidores para salvar a empresa e os trabalhadores», mas se tal não for possível que, «pelo menos, se acautele os direitos dos trabalhadores», acrescentou o governante.

Catarina Martins visita vigília

Após mais de uma semana de vigília à porta da empresa localizada em Sacavém, chegou a vez de a coordenadora do BE ir demonstrar a sua solidariedade para com os trabalhadores da antiga Triumph.

Numa visita, feita hoje ao fim da manhã, Catarina Martins defendeu a intervenção do Governo para que a fábrica não feche, salvaguardando os direitos dos trabalhadores, e afirmou que o ministro da Economia «tem com certeza de encontrar o tempo e (...) formas de se continuar a laborar».

«Nós estamos a desperdiçar trabalho extraordinário destas mulheres, estamos a trair a sua vida de entrega a esta fábrica e estamos a criar um problema social de quase 500 pessoas que vão para o desemprego», reiterou a líder bloquista.

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