Na greve de sexta-feira, a adesão dos motoristas do grupo EVA à greve convocada pela Sindicato de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN) aumentou, relativamente aos dias de protesto de meados de Junho, em que cerca de 150 dos 200 trabalhadores pararam, segundo informação da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
Os trabalhadores da EVA reivindicam aumentos salariais e, sobretudo, exigem a correcção das diferenças salariais que se reflectem em profissionais com as mesmas funções a receber salários e subsídios muito diferentes, o que agrava os já baixos salários pagos aos motoristas.
O grupo detido pela Barraqueiro replica um expediente que é comum a outros grandes grupos económicos: contratando através de uma teia de empresas, exclui um conjunto de trabalhadores da contratação colectiva, apesar de estarem todos ao serviço da EVA.
Entre exemplos concretos, nos salários existem diferenças de 15 euros, no subsídio de alimentação a discrepância é de 2,65 para 6,38 euros e, no que diz respeito aos horários e às horas extraordinárias, têm que estar disponíveis um total de 11 horas ao serviço da empresa, mais uma que os restantes colegas: só a partir daí contando como trabalho extraordinário.
Segundo a Fectrans, «a realização de novas greves apenas depende da vontade de negociação por parte desta empresa do grupo Barraqueiro».
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