|Função Pública

Mais de 200 mil trabalhadores exigem ao Governo melhores salários e carreiras

Arranca esta quarta-feira uma greve de três dias pelo aumento dos salários e valorização das carreiras da função pública. Técnicos superiores têm hoje menos 216 euros por mês de poder de compra que em 2010.

A greve nacional da Função Pública encerrou unidades de Saúde, Escolas, serviços das áreas da Segurança Social, da Justiça ou da Cultura
Créditos / AbrilAbril

O Governo quer adiar o debate das condições de vida destes mais de 200 mil trabalhadores para 2027, mas a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN), que convocou a paralisação, reclama o início imediato das negociações, admitindo que estes trabalhadores não podem esperar mais. Hoje, a greve dirige-se aos técnicos superiores, amanhã será a vez dos assistentes técnicos, e na sexta-feira a dos assistentes operacionais, dia em que se prevê uma manifestação nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL/CGTP-IN), a partir das 14h30, na Praça da Figueira, em Lisboa.

Em declarações à TSF, o coordenador da federação denunciou que os técnicos superiores têm hoje menos 216 euros por mês de poder de compra do que tinham em 2010. «Os assistentes técnicos menos 92 euros de poder de compra e os assistentes operacionais continuam muito pouco acima do salário mínimo nacional, ainda com a agravante deste ano de terem que pagar IRS pela diferença que existe para o salário mínimo nacional em relação à base remuneratória da administração pública», acrescentou Sebastião Santana aos microfones da rádio.

Segundo a federação, a paralisação «terá impacto em diversos setores da Administração Pública» e tem como objectivos o «início imediato» dos processos negociais de valorização das carreiras, a «subida imediata de níveis remuneratórios» e a «aplicação a todas as carreiras da valorização pela antiguidade».

A estrutura sindical anunciou ainda, em comunicado, que vai convocar uma greve nacional para o dia 6 de Março para exigir a revisão e valorização imediata de todas as carreiras não revistas da função pública, frisando que o «Governo persiste em não dar resposta aos problemas» destes trabalhadores.

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