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Na CP há filhos e enteados no que diz respeito à tolerância de ponto

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário denunciou práticas de discriminação realizadas pela administração da CP no que diz respeito às tolerâncias de ponto atribuídas aos trabalhadores durante o período natalício e de fim de ano.

Na última greve de 12 de Março, só circularam os comboios previstos nos serviços mínimos
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/Fectrans) denuncia que a empresa adoptou critérios desiguais na atribuição dos dois dias de tolerância de ponto, concedendo-os apenas a alguns trabalhadores e prejudicando aqueles que, por estarem de folga nos dias em questão, não poderão usufruir desses dias até ao final de março. 

«Já não é novidade que a empresa não trata os seus trabalhadores da mesma maneira. Mais uma vez, os dois dias de tolerância de ponto foram dados apenas a alguns, deixando de lado trabalhadores que estiveram de folga e que, por isso, ficam com menos um dia em relação aos que trabalharam», afirma a estrutura sindical.

O sindicato reforça que os trabalhadores que operam em regime de turnos, com descansos rotativos e horários de 24 horas, incluindo aqueles que trabalham nas oficinas, estações e comboios, frequentemente sacrificam momentos em família durante as festas e, portanto, deveriam ser tratados de igual maneira.

«A empresa precisa valorizar todos os trabalhadores não apenas em palavras, mas também em ações concretas. Não é justo que uns sejam beneficiados enquanto outros são ignorados», destaca o comunicado.

Ainda segundo a estrutura da Fectrans, a administração da CP ignorou as denúncias e o ofício enviado por si sobre o tema, optando por não responder à questão. Essa postura, segundo a mesma, reflecte uma estratégia deliberada da empresa para evitar confrontar as desigualdades relatadas.

A situação, não sendo nova, é mais um ponto de atrito entre os trabalhadores e a administração da CP, uma vez que se multiplicam os casos de discriminação entre trabalhadores da empresa. A título de exemplo, no passado ano, os trabalhadores das oficinas da CP exigiram o fim da discriminação na contratação e progressão de carreira.
 

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