Em comunicado, a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) afirma que a reunião de ontem – com representantes das administrações da CP, da EMEF e dos ministérios das Finanças, Trabalho e da tutela sectorial – acabou sem «qualquer acordo para solucionar o conflito».
Segundo a estrutura, «colocámos mais uma vez que têm que optar entre os custos da solução e os custos do conflito, sabendo que estes últimos são muito superiores». Porém, «só não foi obtido qualquer acordo para solucionar o conflito da EMEF, porque os representantes do Governo insistem em querer tratar os trabalhadores desta empresa com soluções diferentes das que foram implementadas na CP», reitera a Fectrans.
Em causa estão os aumentos salariais, pendentes de 2009, para os quais os trabalhadores exigem o mesmo tratamento que foi dado no acordo da CP, visto que esta detém por completo a EMEF. Outras reivindicações passam pela actualização do subsídio de turno, a contratação de mais pessoal e o fim dos vínculos precários na empresa.
Neste momento, estão a decorrer várias greves parciais de três horas em várias oficinas da EMEF, tal como em Guifões e Contumil, que estão a ter impactos na circulação do Metro do Porto. A 26 e 27 de Abril haverá uma greve nos mesmos moldes, de âmbito nacional, estando para 3 de Maio marcada uma greve de 24 horas em «todas as oficinas que não tenham já marcadas outras formas de luta para esse dia».
Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (CGTP-IN), as reivindicações dos trabalhadores custarão à EMEF menos de 800 mil euros por ano, numa empresa que anunciou um resultado próximo dos dez milhões de euros em 2017.
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