Tratou-se, segundo revelou o Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN), da quinta acção de protesto frente a empresas do grupo, que «se aproveitaram da pandemia» e «fizeram cessar o contrato de trabalho de mais de 50 trabalhadores», não lhes pagando «os direitos devidos».
Na nota enviada à imprensa, a estrutura sindical afirma que a gerência do Madureira’s Rio Tinto, ao aperceber-se da chegada dos manifestantes, «retirou os quatro Porsches de alta gama que estavam estacionados» à porta dos escritórios, em frente ao estabelecimento, de modo que os manifestantes não os vissem.
Na ocasião, foi distribuído um comunicado aos clientes do Grupo Madureira’s e à população, no qual se lembra que o grupo «tem cerca de duas dezenas de restaurantes» e que as suas empresas «vivem uma boa situação económica».
«As empresas do grupo Madureira’s aproveitaram-se da pandemia para fazer cessar o contrato de trabalho de mais de 50 trabalhadores e não lhes pagaram os direitos devidos», denuncia o sindicato. O protesto promovido hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte (Fesaht), associado à CGTP-IN, realizou-se em frente ao Restaurante São Mamede, em São Mamede de Infesta, e contou com a presença de trabalhadores despedidos durante a pandemia. O Fesaht tem vindo a desenvolver um conjunto de protestos contra estes despedimentos, alertando que a empresa «tem cerca de duas dezenas de restaurantes que vivem uma boa situação económica», que não justificam esta atitude. «As empresas não pagaram qualquer importância a título de indemnização e nem sequer pagaram devidamente a todos os trabalhadores férias, subsídio de férias e subsídio de natal». Para além disso, a empresa fez «acordos de pagamento em 12 prestações dos valores irrisórios que se comprometeram a pagar, havendo trabalhadores a receber pouco mais de 40 euros mensais». Muito embora o sindicato tenha já promovido um conjunto de reuniões com o Ministério do Trabalho e as direcções das empresas, estas continuam a recusar-se a pagar as diferenças reclamadas, o que motivou o protesto do sindicato, que entende que «ninguém deve enriquecer à custa da exploração dos trabalhadores». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Madureira's: Sindicato protesta a cessação de contrato de mais de 50 trabalhadores
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«Nos últimos anos, o Grupo Madureira’s cresceu muito e é bem visível o nível de riqueza dos seus sócios», afirma o texto, para denunciar que as empresas em causa não só se aproveitaram da pandemia para despedir 50 trabalhadores, como não pagaram «qualquer importância a título de indemnização», da mesma forma que «também não pagaram devidamente as férias vencidas, respectivo subsídio de férias e o subsídio de Natal proporcional».
Além disso, refere o documento, as empresas do grupo comprometeram-se a pagar aos trabalhadores valores «muito baixos», tendo feito «um acordo de pagamento em 12 prestações», pelo que há trabalhadores «a receber pouco mais de 40 euros mensais».
Apesar de o sindicato já se ter reunido com as empresas do grupo por diversas vezes no Ministério do Trabalho, estas recusam-se a pagar as diferenças reclamadas, afirma o documento ontem distribuído, destacando que «ninguém deve enriquecer à custa da exploração dos trabalhadores».
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