A carta, dirigida ao presidente da CP e entregue na sede da empresa pelos representantes dos trabalhadores, foi posteriormente enviada para o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, primeiro-ministro e grupos parlamentares.
O recurso à contratação com vínculos precários, em particular através de Empresas de Trabalho Temporário (ETT), tem sido prática na EMEF, em virtude da proibição de admissão de trabalhadores inscrita nos orçamentos do Estado, afirmam as estruturas na carta entregue. A situação ocorre apesar da necessidade de reposição dos efectivos em falta na empresa, conforme a própria administração tem reconhecido.
A empresa abriu recentemente um concurso para admissão de 15 trabalhadores e, conforme informação dada, pediu autorização para admissão de cerca de mais 50 procedendo, quase simultaneamente, ao despedimento de cerca de 35 trabalhadores contratados através de uma ETT.
Posteriormente, segundo as estruturas representativas dos trabalhadores, alguns destes despedidos tiveram a indicação para se inscreverem numa outra ETT, para serem admitidos novamente, mas com novos contratos precários.
Na perspectiva do sindicato e da Comissão de Trabalhadores, estes estão a ocupar postos de trabalho permanente, pelo que deveriam ter contratos de trabalho sem termo.
As organizações de trabalhadores reivindicam da administração da EMEF e do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas que seja desencadeado um processo de admissão de trabalhadores na empresa, tendo em conta as necessidades e os pedidos de autorização já efectuados, e que seja dada a prioridade aos que já trabalham na empresa.
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