Caso a empresa Pinto & Bentes não assuma o pagamento dos vencimentos, o sindicato afirma que pode ser necessário os trabalhadores «darem um sinal da sua insatisfação e o SIESI estará ao seu lado para assumir responsabilidades na luta pelo pagamento atempado dos salários».
Esta empresa dedica-se, hoje, ao projecto e construção de infraestruturas de transporte e distribuição de energia eléctrica, subestações, redes de distribuição de gás, telecomunicações, água e saneamento, ambiente, trabalhos ferroviários, energias renováveis, dispondo ainda de outras áreas de negócio, complementares a estas.
«Constatou-se que os trabalhadores apenas receberam 100 euros do salário de Outubro e ainda assim, pagos em meados de Novembro»
No plenário de trabalhadores realizado em Ponte de Sor, à porta das instalações da empresa, na presença do SIESI e da União dos Sindicatos do Norte Alentejano, constatou-se que os trabalhadores apenas receberam 100 euros do salário de Outubro e ainda assim, pagos em meados de Novembro.
Os trabalhadores decidiram que irão avançar para formas de luta se nos próximos dias a empresa mantiver a situação de salários em atraso e receberam todo o apoio do seu sindicato e da União.
O sindicato afirma que a estabilidade das empresas não pode ser justificação para que as gerências não cumpram com as suas obrigações para com os trabalhadores.
Os atrasos frequentes no pagamento pontual da retribuição aos trabalhadores da Pinto & Bentes «são uma ilegalidade, mas são também e antes de mais um desrespeito por quem trabalha o mês todo para que a empresa tenha futuro», afirma o SIESI.
«O SIESI detectou, ainda, que a empresa retém a quota dos trabalhadores, mas que não a está a enviar para o sindicato»
Depois da comunicação feita, o sindicato espera que «a gerência rapidamente corrija a situação de salários em atraso». Caso tal não venha a acontecer, o sindicato alerta para que os trabalhadores podem tomar medidas que demonstrem à gerência que o pagamento atempado dos salários «é uma obrigação legal e uma exigência dos trabalhadores».
O SIESI detectou, ainda, que a empresa retém a quota dos trabalhadores, mas que não a está a enviar para o sindicato. Ou seja, a empresa apropria-se da quota dos trabalhadores e serve-se dela para outras despesas. Relativamente a esta matéria o SIESI avançou já com um processo em tribunal contra a gerência da Pinto & Bentes, «pois a retenção de quota e não envio para o sindicato é um abuso de confiança punido como crime».
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