A notícia é avançada este domingo pelo JN, citando dados do Eurostat, que realçam que Portugal continua, entre os países da União Europeia, a liderar nos números do trabalhado precário.
Segundo os dados, o número de contratos até três meses subiu 1,8 pontos percentuais, de 1,1% em 2008 para 2,9% em 2017, o que equivale a um crescimento de mais 130 mil pessoas nesta situação. O valor mais alto foi atingido em 2011, num total de 3,6% dos contratos por conta de outrem.
Comparando com os restantes países europeus na evolução do peso dos contratos até três meses, apenas a Croácia fica acima de Portugal, com um aumento em igual período de 3,6 pontos percentuais.
O JN avança ainda que, de acordo com os dados pedidos ao Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre Portugal, o Verão é o período com maior aumento do número de trabalhadores com vínculos precários. Já o início do ano representa a maior queda, decorrente do fim dos contratos após o pico da época festiva.
Os estudos realçam ainda uma outra constante. Em termos sectoriais, a hotelaria, a restauração e a construção lideram «com maior propensão para recorrer a vínculos precários». Algo há já muito denunciado pelos sindicatos destes sectores, que frisam ainda os baixos salários e más condições de trabalho, apesar de os lucros atingirem todos os anos valores recorde.
Em Dezembro passado, dados divulgados pelo Governo constavam que, em 2017, Portugal tinha quase um milhão de trabalhadores a laborar com vínculos precários, um aumento de 90 mil pessoas nesta situação face ao ano anterior.
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