O processo de luta dos trabalhadores da Carl Zeiss iniciou-se no início deste ano, com o objectivo principal de travar a imposição da empresa de impor um regime de laboração contínua.
Para além disso, os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, o cumprimento da negociação colectiva a partir da sua proposta reivindicativa para 2021, o fim da precariedade na empresa e o cumprimento dos direitos de parentalidade.
A luta, que prossegue com greves aos fins-de-semana, tem contado com uma «adesão na ordem dos 100%», como declarou ao AbrilAbril Luís Leitão, dirigente da União de Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN), que explicou ainda que estão a aguardar que saia a decisão da «providência cautelar esta semana».
A defesa de um horário de trabalho normal, sem laboração contínua, tem uma importância central para a conciliação da vida pessoal com a vida profissional destes trabalhadores, «muitos com famílias monoparentais», referiu o dirigente.
Para a USS/CGTP-IN, a empresa «reage mal à adesão às greves que estão a decorrer aos fins-de-semana», e por isso enviou um comunicado aos trabalhadores a «ameaçar com processo disciplinar quem utilize o seu telemóvel pessoal».
Para a união, isto não passa de um comunicado com «cariz intimidatório» e exige que a Carl Zeiss dê resposta «às reivindicações dos trabalhadores, evitando assim o recurso à greve».
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