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Protesto contra falta de pessoal na Casa Pia

Contra a falta de pessoal e de condições de trabalho, os funcionários do Centro Educativo e Desenvolvimento D. Maria Pia, pertencente à Casa Pia de Lisboa, realizaram uma concentração de protesto.

CréditosDuarte Alves / Facebook

Armando Almeida, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA/CGTP-IN) e trabalhador da Casa Pia, em declarações aos jornalistas esta quinta-feira, frisou que «a falta de pessoal é tão grave que faz com que os trabalhadores fiquem de baixa ou vão para a mobilidade». «Desde 2012 e até 2018 os balanços sociais da Casa Pia apontam para a saída de 113 operacionais e assistentes técnicos, são menos 113 pessoas que temos», disse.

Em comunicado, o sindicato informou que «foi feito o apelo à participação dos encarregados de educação preocupados com a situação (e muitos deles desconhecedores da grave situação), bem como de todos os trabalhadores do CED (não docentes ou docentes), por forma a demonstrar a indignação pelo estado a que este CED [Centro Educativo e Desenvolvimento D. Maria Pia] chegou».

Os pais e encarregados de educação vão entregar, na próxima segunda-feira, um abaixo-assinado à tutela para pedir a abertura de concursos externos para reforço de pessoal não docente. Em solidariedade para com os funcionários da instituição, também eles estiveram concentrados à entrada da escola.

Funcionários são «claramente» insuficientes

Ana Cardoso, da Associação de Pais e Encarregados de Educação, disse à agência Lusa que «não estão ali contra a escola», mas sim para pedir um reforço de funcionários que consideram ser «claramente insuficientes» para tantos alunos.

«Estes funcionários estão aqui a trabalhar arduamente com mais de 60 anos e já não têm condições físicas para correr atrás de meninos de 5/6 anos. Os nossos concursos internos abrem e fecham desertos. Portanto, têm de ser tomadas medidas a outro nível», disse.

A encarregada de educação lembrou que o ano lectivo começou com oito trabalhadores não docentes e de momento estão dois, uma assistente operacional e outra do Centro de Emprego, que não pode estar sozinha. «Neste momento estão duas funcionárias para 171 crianças dos 5 aos 10 anos», disse.

O deputado do PCP Duarte Alves esteve presente na concentração em solidariedade com os trabalhadores e informou que o seu grupo parlamentar vai colocar uma pergunta ao Governo sobre esta situação.

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