Depois de, no mês de Junho, o ministro da Administração Interna ter dado conta dos 40 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) «para investir na melhoria das condições de alojamento dos agentes da PSP», na última semana veio anunciar um reforço de 20 milhões de euros. Entretanto, já cerca de mil polícias tinham sido notificados pelo Comando Metropolitano de Lisboa para abandonarem as suas camaratas.
A data para a saída foi fixada em 15 de Setembro. O objectivo é abrir vagas para os formandos que estão a acabar o curso, mas há polícias a ameaçar abandonar também a PSP, devido à impossibilidade de sustentarem os custos de uma habitação na capital. O PCP reage à notícia, através de comunicado, denunciando uma «política de remendos», salientando que cabe ao Governo encontrar soluções, mesmo com natureza provisória, até que uma solução de carácter mais global seja efectivada.
«Ao invés de se resolver problemas de fundo com soluções estruturantes, assumem-se medidas com abrangência reduzida», referem os comunistas, frisando a necessidade de se «começar a responder» aos problemas com medidas de natureza estrutural. Seja em matéria de alojamentos, seja a nível salarial, «subsídio de risco e outros apoios sociais», de forma a valorizar as carreiras, «garantindo as condições de atractividade e garantindo as condições para o exercício da profissão em condições de dignidade».
Para o PCP, este facto não pode deixar de levantar a questão, «ainda por responder» pelo Ministério da Administração Interna, sobre qual a real abrangência desta medida e «se virá realmente resolver um problema ou se será apenas mais uma operação de propaganda do Governo».
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