Sob o lema «Melhores pensões e condições de vida dignas para os idosos/Pelo direito dos trabalhadores à reforma e a uma pensão digna», a Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi) e a Inter-Reformados/CGTP-IN realizaram ontem diversas tribunas públicas, um pouco por todo o País.
A defesa da sustentabilidade da Segurança Social, através da diversificação das fontes de financiamento, e o combate às desigualdades sociais e à pobreza são algumas reivindicações destacadas pelas estruturas, que simultaneamente exigem o reforço orçamental do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o respeito pelos direitos dos seus profissionais.
O reforço da rede de cuidados de saúde primários através da reabertura dos postos de saúde nas freguesias, e da contratação de mais trabalhadores para os centros de saúde, são, juntamente com o prolongamento dos horários dos centros de saúde e a reabertura dos serviços de urgência outras das exigências dos reformados e pensionistas.
Tendo em conta aspectos como a fixação de população no Interior e a qualidade de vida da população mais idosa, Murpi e Inter-Reformados reivindicam a reabertura dos serviços públicos que foram encerrados, tais como estações dos CTT e balcões da Caixa Geral de Depósitos, mas também escolas do 1.º Ciclo. «O seu encerramento está a retirar a população mais jovem das aldeias, retirando apoio familiar aos mais velhos, desenraizando os mais novos», alertam.
O aumento de todas as pensões, em particular das mais baixas, e a alteração do mecanismo de actualização, o aumento de salários e a abolição do factor da sustentabilidade, entre outras penalizações, são outras propostas dos reformados e pensionistas, que exigem o acesso à reforma antecipada para os trabalhadores com 40 ou mais anos de carreira contributiva, independente da idade e sem penalizações. Mas também a reposição da idade legal de acesso às pensões de velhice e de reforma aos 65 anos de idade salvaguardando os regimes especiais consagrados, com condições de acesso mais favoráveis.
A par dos problemas nacionais, as iniciativas desta sexta-feira deram visibilidade aos problemas concretos de cada distrito, como foi o caso de Portalegre, onde em Avis se alertou para os «crescentes condicionamentos» no acesso aos cuidados de saúde primários neste concelho.
As tribunas públicas terminaram com a aprovação de uma resolução que será enviada à Assembleia da República e às instituições locais.
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