Os trabalhadores que prestam actividade no sector dos TVDE (Uber), verificaram que «o paraíso prometido pelas plataformas digitais rapidamente se transformou num inferno», o que só se altera com a sua organização e mobilização, afirmou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP/CGTP-IN) em comunicado.
No seguimento de contactos com trabalhadores do sector, o sindicato planificou uma série de acções, entre as quais um pedido de reunião com a Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), que se realizou no passado dia 1.
Foi apresentado um conjunto de situações que caracterizam o «mau funcionamento» desta área de actividade, sublinhou o sindicato, particularmente a necessidade de estender a convenção colectiva de trabalho existente a todos os trabalhadores motoristas que laboram no transporte ligeiro de passageiros, nas suas diferentes características, (sector táxi clássico, Uber, tuc-tuc), que enfrentam um conjunto de problemas.
«A actividade do transporte ligeiro de passageiros deixava antever um colapso que a pandemia apenas acelerou», afirma a organização sindical, lembrando que muitos problemas encontravam-se «encobertos».
Entre eles destaca-se a falta de fiscalização da actividade, a oferta inflacionada relativamente à procura e uma ausência de regulação ao nível dos valores praticados, bem como a desprotecção geral a que os trabalhadores estão sujeitos, refere o STRUP.
O sindicato defende que a solução destes problemas «não cairá do céu», mas sim da organização dos trabalhadores nos sindicatos da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
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