As estimativas divulgadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam para cerca de 260 milhões de pessoas em todo o mundo que se encontravam em regime de teletrabalho antes da crise da Covid-19, das quais 56% mulheres.
Uma vez que o trabalho no domicílio ocorre na esfera privada, é frequentemente «invisível», afirma a organização, pelo que geralmente as condições de trabalho destas pessoas são piores do que aquelas que trabalham fora de casa, mesmo nas profissões com maiores qualificações.
Segundo relatório divulgado, as pessoas que trabalham em casa ganham em média menos 13% no Reino Unido; menos 22% nos Estados Unidos da América; menos 25% na África do Sul e cerca de menos 50% na Argentina, Índia e México.
Por outro lado, enfrentam maiores riscos de segurança e saúde e têm menos acesso à formação do que outros trabalhadores, o que pode afectar as suas perspectivas de carreira.
O relatório mostra também que as pessoas que trabalham em casa não têm o mesmo nível de protecção social, têm menos probabilidade de fazer parte de um sindicato ou de serem abrangidas por um acordo de negociação colectiva.
Segundo a OIT, é provável que o crescimento do teletrabalho continue nos próximos anos, o que reforça a urgência de se abordar os problemas e desigualdades que caracterizam este regime de trabalho.
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