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Trabalhadoras da Misericórdia de Monção denunciam perseguição

Dezenas de trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Monção denunciaram esta segunda-feira os abusos do vice-provedor, exigindo a sua demissão. Acusam-no de perseguição e de instalar um clima de «ditadura absoluta» na instituição.

A acção de denúncia foi realizada com o intuito de expor publicamente os vários casos de assédio laboral e o arrastamento do processo nas instituições estatais
Créditos / radiovaledominho.com

Hoje de manhã, numa acção de denúncia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), cerca de 30 pessoas reuniram-se em frente à sede da instituição para denunciar a má conduta do vice-provedor e exigir a sua demissão.

Em declarações ao AbrilAbril, Rosa Silva, delegada do CESP, afirmou que em causa está o «clima de ditadura provocado pelo senhor provedor» dentro da instituição, o qual actua sobre os trabalhadores de uma forma inaceitável e ilegal com uma atitude de «poder absoluto».

Em causa estão vários casos de assédio laboral por parte do vice-provedor, Armindo Pontes, entre os quais consta uma tentativa de despedimento de um trabalhador, baseada em falsas acusações (entretanto reintegrado), e a perseguição a várias trabalhadoras, «de momento em baixa médica psiquiátrica devido à perseguição que lhes tem sido feita».

O sindicato já requereu em Agosto de 2017 a intervenção da Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) mas esta ainda não ocorreu. Apesar disso, a delegada sindical afirmou que não vão largar o caso até que o vice-provedor seja demitido, estando ainda por definir futuras lutas.

Segundo Rosa Silva, «pouco adianta à instituição afirmar que se trata de um ataque maldoso ao vice-provedor, baseado em falsidades e más intenções, pois nós temos os documentos que o comprovam».

O sindicato afirma ainda que foi marcada uma reunião pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), no âmbito da prevenção de conflitos, mas a Santa Casa de Monção recusou-se a comparecer, remetendo o assunto para a União das Misericórdias Portuguesas.

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