As trabalhadoras foram apanhadas de surpresa, sem qualquer aviso da entidade patronal, que lhes tinha prolongado as férias até o dia 17. Porém, após serem avisadas de que estariam a retirar equipamentos, rapidamente se organizaram e estão em vigilância permanente.
A notícia foi avançada esta tarde pela Agência Lusa, que expõe a situação, após ter falado com Lurdes Baptista, funcionária da Touriya El-Bakkali. Das cerca de 40 trabalhadoras que ali trabalham, 30 estão desde 8 de Setembro à porta da fábrica, organizadas em turnos, com cobertores e mantas, para evitar a retirada das máquinas e cumprir o horário de trabalho.
As trabalhadoras afirmam que não foram avisadas do fecho da fábrica e tão pouco lhes foi entregue o documento necessário para terem direito ao subsídio de desemprego. A maioria tenciona avançar com uma queixa-crime contra a empresa que, por sua vez, deu entrada com um processo de insolvência nesta terça-feira.
Lurdes Baptista salientou que não há salários em atraso e que a Touriya El-Bakkali foi criada em Setembro do ano passado, embora já trabalhassem para outra empresa instalada naquele local há vários anos. Além disso, afirma estar surpreendida com o fecho pois havia «muito trabalho» e até faziam horas extraordinárias.
Segundo a notícia, as trabalhadoras tencionam permanecer junto à entrada da fábrica até à assembleia de credores, decorrente da acção de insolvência, de forma a garantir o acesso ao fundo de desemprego e às compensações a que têm direito.
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