|hotelaria

Trabalhadores da Eurest com adesão significativa à greve

Os trabalhadores das cantinas, refeitórios, áreas de serviço e bares concessionados, explorados pela Eurest, realizaram hoje uma greve por aumentos salariais e pela negociação do contrato colectivo de trabalho.

Concentração de trabalhadores à porta da Unicer
Créditos / Sindicato da Hotelaria do Norte

A multinacional Eurest foi a única empresa das cantinas que não deu aumentos salariais depois da greve realizada no sector no dia 15 de Maio e os trabalhadores não são aumentados desde 2010.

O Sindicato da Hotelaria do Norte (CGTP-IN) deu alguns exemplos da adesão na região, como é o caso do Hospital de Penafiel, onde só foram garantidos os serviços mínimos, da RTP, que encerrou, e da Unicer, que «se viu obrigada a comprar refeições para os operários», face à grande adesão dos trabalhadores, que se concentraram à porta. Também várias cantinas de escolas do Porto e Gondomar encerraram devido à greve.

Também o Sindicato da Hotelaria do Centro (CGTP-IN) referiu que nesta região 60% dos trabalhadores em exercício em escolas estiveram em greve ou a responder às necessidades prementes de famílias mais carenciadas, mas solidários com as razões da greve.

O sindicato lembra que muitos dos trabalhadores das escolas estão a trabalhar nestes últimos dias em situações de grande precariedade e falta de recursos para o desempenho das suas funções – em muitos refeitórios ficou apenas uma cozinheira para efectuar todo o trabalho de confecção de 50 a 120 refeições.

Na realidade escolar a situação é ainda mais grave uma vez que o contrato terminou e a Eurest «já disse que vai sair sem dar aumentos e retroactivos, ficando assim com muito dinheiro que deveria pagar às trabalhadoras».

Ainda no Centro, no sector hospitalar, existiu uma adesão de mais de 70% no Hospital dos Covões e na Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra. Um outro exemplo dado pela estrutura sindical é o do refeitório da Sonae em Oliveira do Hospital, com 60% de adesão.

O sindicato acusou a Eurest de ter dito aos funcionários para não fazerem greve a 15 de Maio, porque «ia dar aumentos salariais a todos os trabalhadores no final do mês», o que não aconteceu até agora.

Quanto aos aumentos salariais dados pelas outras empresas do sector, os sindicatos consideram-nos muito baixos e acusam as empresas de, «em troca dos míseros aumentos salariais», quererem «que os sindicatos aceitem acabar com importantes direitos dos trabalhadores».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui