Os trabalhadores da Lusa «instam a presidente do Conselho de Administração e a Direcção de Informação (DI) a tomarem uma posição pública sobre a situação da empresa e a necessidade de garantir um serviço público informativo e noticioso de qualidade», salienta a moção aprovada sobre a situação geral da empresa.
Qualquer solução dos problemas da Lusa deve conjugar «de forma indissociável» as questões do financiamento da empresa com as da sua estratégia e da sua liderança, refere o documento.
Os trabalhadores pretendem que as contratações e nomeações futuras sejam norteadas por critérios «técnicos, transparentes, objectivos e públicos».
Vincando a ausência de uma perspectiva de solução para os problemas, que «não são de agora e se arrastam», os trabalhadores lamentam a «oportunidade perdida» pelo Governo actual «para corrigir com ganhos os cortes orçamentais superiores a 30% que provocaram a saída de 10% dos trabalhadores, a degradação dos vínculos laborais, designadamente da rede internacional, a redução da produção, a ameaça de criação de um Portugal invisível e um funcionamento em sobrecarga da estrutura restante».
Por esse motivo, criticam a «desorientação» do Governo, dada a sucessão de «episódios infelizes e declarações e práticas contraditórias».
«Rejeitam a desvalorização dos problemas pela presidente do Conselho de Administração, que continua a garantir o cumprimento do contrato, minimizando o facto de tal só ser conseguido à custa do esforço e sacrifício dos trabalhadores da Lusa e da qualidade do produto Lusa», frisa a moção.
Os trabalhadores denunciam ainda a «passividade» da DI por continuar a acreditar que lhe serão atribuídos os meios necessários e a sua «falta de critério» evidenciada pelas alterações propostas na redacção.
Além desta moção, os trabalhadores aprovaram uma outra sobre os trabalhadores com vínculos precários, saudando a sua adesão ao Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVAP).
Na moção, os trabalhadores recomendam à administração da Lusa que reforce o processo da sua integração na empresa, através da comunicação de situações que ainda não tenham sido objecto de requerimento, mas que correspondam a necessidades permanentes. Defendem ainda o tratamento preferencial destes trabalhadores em futuros processos de contratações para o quadro da empresa, realçando o seu «contributo fundamental».
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