|Metro do Porto

Trabalhadores da manutenção exigem vinculação à Metro do Porto

Os trabalhadores das empresas responsáveis pela manutenção das infraestruturas do metro do Porto reivindicam a sua integração nos quadros da empresa operadora, considerando que são «parte fundamental para a operação».

Trabalhadores concentrados junto às instalações da Metro do Porto na passada quinta-feira
Créditos / Fectrans

Tratam-se de trabalhadores de empresas subcontratadas, como a Via Porto, Manvia, Thalles e Sisint, que vivem há 15 anos numa situação de instabilidade, uma vez que os vínculos têm a duração das subcontratações.

Tendo em conta a situação, os trabalhadores visados reivindicam a vinculação à Metro do Porto, como demonstraram num protesto realizado na última quinta-feira, em que se concentraram junto às instalações da empresa. Consideram que desempenham um trabalho que é essencial para o funcionamento do metro, mas tendo uma ligação precária, uma vez que estão sujeitos à existência de novas concessões.

Segundo uma nota da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), estes funcionários reivindicam que a Metro do Porto possa desencadear «os mecanismos necessários para a resolução do problema que põe em causa, concessão após concessão, um conjunto de trabalhadores, o seu futuro e a sua estabilidade profissional», e que o Governo legisle de forma a que tenham garantias de que não voltam a passar por uma situação de indefinição do seu futuro.

A federação sindical afirma que «é preciso passar a efectivos todos os trabalhadores com vínculos precários», lembrando que não se mantêm níveis de qualificação elevados com uma irregularidade de trabalhadores nos quadros e que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo de trabalho efectivo.

A lei tem que ser respeitada

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, em declarações à imprensa na concentração realizada no passado dia 27 de Julho, responsabilizou a administração da empresa e os municípios accionistas.

«Trata-se de um empresa com capitais públicos e que tem de respeitar a lei», sublinhou, afirmando «não se poder dizer que se é contra a precariedade e depois ter no sector empresarial do Estado empresas que de uma forma ou outra permitem e estimulam a banalização da precariedade».

Para o dirigente sindical, os concursos «não podem ser ganhos à custa dos direitos e regalias dos trabalhadores», nem «o trabalho pode ser o parente pobre da sociedade portuguesa», tratando-se de «trabalhadores com um peso enorme na segurança do metro».

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