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O secretário-geral da CGTP-IN participou no protesto, afirmando tratar-se de mais um caso de cativações

Trabalhadores do Alfeite exigem desbloqueio do Governo

Os trabalhadores do Arsenal do Alfeite deslocaram-se esta quinta-feira ao Ministério das Finanças e ao Estado-Maior da Armada, em Lisboa, num protesto para exigir o desbloqueio das autorizações que impedem, há mais de um ano, o bom funcionamento do único estaleiro naval público.

Os trabalhadores alertam que a situação está a «comprometer seriamente» o funcionamento e a «indispensável modernização e desenvolvimento do único estaleiro naval público em Portugal
Créditos / STEFFAs

Cerca de 300 trabalhadores do Arsenal do Alfeite deslocaram-se hoje ao Terreiro do Paço para exigir ao Ministério o desbloqueio imediato da situação que condiciona o estaleiro naval público, tendo depois reunido no Estado-Maior da Armada sobre o mesmo assunto.

Em causa está um processo que se arrasta há mais de um ano por culpa do Governo, nomeadamente do Ministério das Finanças, que bloqueia a administração do Arsenal do Alfeite de realizar as intervenções necessárias, mesmo tendo esta verbas suficientes próprias para dar início aos processos.

O Arsenal precisa, no imediato, que sejam desbloqueadas as autorizações necessárias para que possa prosseguir com o processo de modernização e reequipamento, ou seja, recrutamento, formação de pessoal e investimento em tecnologias, de forma a habilitar o estaleiro público a, prioritariamente, dar resposta às necessidades da Armada.

Com a demissão da actual administração, exige-se que a próxima, independentemente de ser presidida por um civil ou um militar da Armada, crie as condições necessárias para que a manutenção dos submarinos possa vir a ser feita no Alfeite.

Em declarações ao AbrilAbril, Alexandre Plácido, do Sindicato dos Trabalhadores Civis dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFAs/CGTP-IN), afirmou terem sido recebidos em ambas as instituições e terem entregue os documentos com as posições dos trabalhadores.

No entanto, o dirigente explicou que não houve uma resposta definitiva, visto que o ministro e o chefe do Estado Maior da Armada estavam ausentes. Mesmo assim, recebidos pelos adjuntos do ministro e o vice-chefe do Estado Maior da Armada, os trabalhadores afirmaram a necessidade da resolução do problema.

Do documento entregue constou ainda a exigência de que o Governo se pronuncie em relação à forma como vão ser descongeladas as carreiras dos trabalhadores do Arsenal do Alfeite, considerando inaceitável a possibilidade de tratamento diferente entre trabalhadores do sector empresarial do Estado.

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