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Trabalhadores do Continente em Vila Nova de Gaia em protesto

Os trabalhadores de duas lojas Continente/Modelo, em Avintes e no Gaia Shopping, realizaram esta quinta-feira várias acções de protesto, para denunciar o bloqueio das negociações e a repressão.

Foto de arquivo: concentração de trabalhadores do Modelo Continente, na Maia
Foto de arquivo: acção de denúncia do CESP no ContinenteCréditosMANUEL ARAÚJO / LUSA

A primeira acção de protesto, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), teve lugar esta manhã, junto à loja Continente de Avintes, no concelho de Vila Nova de Gaia.

Reunindo algumas dezenas de trabalhadores, o protesto tinha como objectivo denunciar à população e aos clientes um conjunto de problemas, entre os quais a chantagem patronal nas negociações e a repressão levada a cabo pelo director e chefias da loja sobre os trabalhadores.

Além de denunciar que os horários de trabalho são alterados pelas chefias «a seu bel-prazer», o CESP exige que «sejam respeitados os direitos do exercício e liberdade sindical nas lojas», bem como o «fim da pressão e repressão exercidas pelo director e chefias sobre os trabalhadores».

O sindicato refere como exemplo desta situação que o director da loja, «de forma prepotente, levanta o tom de voz, reprimindo os trabalhadores em frente aos colegas e clientes, que inclusive são vítimas quando os defendem». Para além disso, impõe «ritmos exaustivos», «cronometra a produtividade» e recorre ao uso abusivo de auriculares sobre os trabalhadores, que, consequentemente, sofrem agora de problemas auditivos.

O CESP denuncia ainda que os trabalhadores do Continente foram ameaçados e insultados pela gestora operacional dos recursos humanos em várias ocasiões, para forçar um «acordo de rescisão de contrato».​

Nesta tarde, está ainda marcada uma outra acção de protesto no Gaia Shopping, no sentido de denunciar a repressão também existente nesta loja Continente, como por exemplo tentativas de «impedir delegadas sindicais de acompanharem os trabalhadores sempre que estes o solicitam, a fim de os isolar».

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