Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) afirma que este recuo se deveu à «reacção imediata e enérgica» dos trabalhadores, que se recusavam a trabalhar já no feriado desta quinta-feira, 3 de Junho.
«A firmeza e determinação dos trabalhadores, o apoio imediato dos seus sindicatos de classe e a existência de pré-avisos de greve anuais tornaram possível esta vitória estrondosa dos trabalhadores em dois dias», pode ler-se na nota.
Os trabalhadores tinham constatado, no recibo do dia 1 de Junho, a alteração feita pela empresa, e reagiram de imediato ameaçando não trabalhar no feriado.
Recorde-se que o contrato colectivo de trabalho (CCT) das cantinas e refeitórios estabelece o pagamento do trabalho prestado em dia feriado com um acréscimo de 200%.
Até 2015, as empresas do sector sempre pagaram devidamente os feriados. Contudo, em Janeiro desse ano, passaram a pagar apenas com um acréscimo de 100%, excepto a Uniself, que continuou a pagar os 200%, lembra a federação.
A Fesaht sublinha que os trabalhadores que sofreram cortes e realizaram várias lutas ao longo de quatro anos, incluindo greves nos dias feriados, que contaram com elevada adesão, para obrigar as empresas a repor este direito.
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