|Transportes fluviais

A ver (não) passar navios

A falta de recursos humanos operacionais motiva a interrupção das carreiras entre Cacilhas (Almada) e Cais do Sodré (Lisboa), no período nocturno, entre 20 e 21 de Outubro.

Os trabalhadores da Transtejo queixam-se dos navios serem insuficientes e de terem os seus certificados de navegabilidade caducados
CréditosRodrigo Baptista / Agência LUSA

A situação não é nova, já várias vezes têm ocorrido falhas nas carreiras fluviais regulares no Tejo, incluindo dezenas de interrupções. Um único motivo: a não admissão de trabalhadores por parte da Transtejo/Soflusa. E sem trabalhadores não há travessias, nem prestação de um serviço público aos utentes, seguro e de qualidade.

Assim, os passageiros que pretendam atravessar o rio Tejo, entres estas localidades, terão de o fazer até às 20h55 na quarta, ou até às 22h38, na quinta (no sentido Cacilhas-Cais do Sodré. A última partida do Cais do Sodré está prevista para as 21h15, na quarta, e nas 20h50, na quinta). A situação regular repõe-se na sexta, com navios operacionais depois da meia noite.  

|

Transtornos da greve na Transtejo/Soflusa «são da responsabilidade» do Governo

Os trabalhadores que fazem as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul do Tejo cumprem o primeiro de três dias de greve parcial para exigir a valorização salarial e a recuperação da frota.

«Até onde quererão levar estas medidas?», questiona a Fectrans
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

Num último esforço para encontrar soluções de modo a evitar as greves na Transtejo e na Soflusa, os sindicatos reuniram-se esta segunda-feira com a administração das duas empresas, tendo flexibilizado a sua posição. No entanto, critica a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), através de comunicado, «encontraram do outro lado o bloqueio imposto pelo Governo do PS, que aposta no congelamento dos salários de quem trabalha». 

A estrutura sindical defende que os transtornos causados à população «são da responsabilidade das opções do Governo», que «não responde aos problemas» da Transtejo e Soflusa. A par da valorização dos trabalhadores, os sindicatos realçam a necessidade de recuperar a frota, que «cada vez tem mais navios imobilizados». 

|

Transtejo/Soflusa: trabalhadores não se conformam com «aumento zero»

A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo/Soflusa, empresas que asseguram a ligação fluvial entre Lisboa e a margem sul do Tejo, verificava, esta manhã, uma adesão de 100%.

A supressão de carreiras por falta de navios tem sido o quotidiano destas empresas
CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa cumprem hoje e quinta-feira uma greve parcial, de três horas por turno, para reivindicar uma actualização salarial.

«Até cerca das 9h, a adesão ao nível da operacionalidade é de 100% nas duas empresas. Não há navios a circular», disse Carlos Costa, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).

Os trabalhadores decidiram realizar esta greve depois de uma reunião a 30 de Junho com a administração que gere as duas empresas e que consideraram «inconclusiva».

«Colocamos novamente a questão à empresa de qual era a disponibilidade para negociar e a resposta que deu foi exactamente a que já tinha dado antes. Ou seja, não tem nada a dizer aos sindicatos. Portanto, tudo ficou na mesma», justificou na altura Paulo Lopes, da Fectrans.

Nos dias 16 e 17 de Junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa já tinha realizado uma greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de «aumento zero» nas negociações salariais, depois de uma primeira luta a 20 de Maio.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

«Sem trabalhadores e navios não há transporte fluvial», constata a Fectrans, que caracteriza a «posição de bloqueio» do Governo como uma chantagem sobre trabalhadores e utentes, «na óptica de aproveitamento do actual momento de eleições no País».

A greve parcial dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa decorre entre hoje e a próxima quinta-feira. A Federação reitera a «disponibilidade dos sindicatos para soluções que possam evitar mais uma greve que os trabalhadores não desejam, mas que não deixarão de fazer perante uma posição do ministro do Ambiente, que ouve as reivindicações e as possíveis soluções, mas que depois nada responde».

Os trabalhadores das duas empresas estiveram em greve no passado mês de Maio voltando a paralisar parcialmente em Junho e Julho.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Há muito que a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) vinha alertando para um desinvestimento do Estado e para a já estrutural e insustentável falta de contratações por parte da empresa. Desta feita, os resultados da carência de trabalhadores e da política de não admissões estão à vista, com grande prejuízo para os utentes, nomeadamente trabalhadores por turnos que necessitam dessas carreiras para regressar a casa do trabalho.

A federação de sindicatos manifesta toda a sua solidariedade para com os utentes lesados e alerta para  o facto de não se tratar de greve ou qualquer conflito laboral, apenas o óbvio: «o governo continua a ignorar que os navios não funcionam sem trabalhadores».

Para desbloquear a situação e zelar pela prestação de um serviço digno, os trabalhadores equacionam recorrer a greves parciais, não tendo ainda definido uma data concreta para esta paralisação. 

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui