aumento dos salários

Há 50 anos, foi o 1.º de Maio que deu carácter de classe à Revolução dos Cravos. Amanhã, continuando o legado histórico, em todo o país, os trabalhadores vão corresponder ao apelo da CGTP-IN e sairão à rua para exigir o aumento dos salários e das pensões. 

A 10 dias do 1º de Maio, trabalhadores da Indústria de Transformação de diversas empresas avançam em greves pelo aumento significativo dos salários.

O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Actividades Metalúrgicas da Região Autónoma da Madeira da Fectrans concluiu com sucesso as negociações para a actualização salarial com a Associação Comercial e Industrial do Funchal.

O Sindicato dos Professores da Região Centro promoveu uma concentração de docentes e investigadores pela valorização dos salários. Carreiras do Superior são das mais penalizadas da Administração Pública.

A Brisa, que teve um lucro de 240 800 000 de euros propôs, um aumento salarial de 2%. Esta é a empresa que se diz «familiarmente responsável», mas que quando os trabalhadores pedem vento é-lhes dada uma leve brisa. 

A valorização das carreiras profissionais e da antiguidade e a reposição da «justiça laboral» são as reivindicações que levaram a Fiequimetal a prolongar a greve ao trabalho suplementar no grupo EDP. 

Segundo comunicado do CESP, o LIDL anunciou que após arrecadar lucros irá premiar os trabalhadores com estagnação salarial. A ausência de aumentos é reflexo de um modelo de avaliações discriminatório.

É na apropriação da mais-valia produzida pelos trabalhadores que reside a exploração e a Altice comprova-o. Depois de ter anunciado 11,6% no crescimento das receitas desde Janeiro, o patronato propôs uma actualização salarial de 1,5% e mais 0,68€ no subsídio de refeição.

O BCE que dá directrizes para contenção salarial e apela que não haja aumentos está neste momento com um problema dentro da sua própria casa. Parece que os seus trabalhadores exigem aumentos e vão a tribunal para os ver concretizados. Parece justiça poética.

Estamos a assistir a uma histórica transferência de rendimentos do trabalho para o capital. No país em que a inflação come aumentos salariais, o Governo que se diz de esquerda optou por manter impolutos os lucros do capital. Basta ver os dados.

O movimento «Os Mesmos de Sempre a Pagar» realiza uma acção de protesto, esta sexta-feira, no Porto, contra o aumento da pobreza, enquanto grandes grupos económicos amealham lucros colossais.

A Intersindical defende que o Orçamento do Estado para 2024 «passa ao lado» das necessidades do País e agrava injustiças. Para Outubro e Novembro estão marcadas acções pelo aumento dos salários. 

Organizada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, foi ontem realizada uma greve pelos trabalhadores das IPSS.

A confederação patronal do ensino privado anunciou um prémio a atribuir aos docentes, mas para a Fenprof é apenas revelador da «má consciência por parte de quem explora os docentes» que recusa melhorar salários e condições de trabalho.

Na acção de luta realizada ontem no âmbito da greve do sector das carnes, os trabalhadores da Nobre fecharam a sexta greve este ano. A luta continuará enquanto o patronato não vergar.