SNS

Governo e PS alimentaram o debate sobre o IRS Jovem, IRC e o Orçamento do Estado. Depois da troca de argumentos e encenações de parte a parte, quando a esquerda quis discutir os problemas do país, o primeiro-ministro fugiu às respostas. 

Houve ronda negocial com o Governo no passado dia 12 de Setembro, mas o Governo teima em desprezar os profissionais de saúde. Porque não aceitam não aceitam «retoques de cosmética» na grelha salarial, os próximos dois dias são de greve. 

No dia em que o Serviço Nacional de Saúde fez 45 anos, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu uma «reforma estrutural» que pelas recentes medidas só indicam que será uma privatização estrutural da Saúde.

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira promove uma iniciativa, este sábado, de valorização e defesa do SNS, com a participação de profissionais de saúde. 

Unidos em torno de um projecto de destruição do país, PSD, CDS-PP e Chega inviabilizaram as discussões em torno da privatização ruinosa da TAP e do estado do SNS e encerramento de urgências. 

A Câmara Municipal de Loures aprovou uma moção onde se compromete a exigir do Governo a urgente normalização do funcionamento das urgências do Hospital Beatriz Ângelo.

Em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses exigiu a revogação da possibilidade USF modelo C e já reforçou o pedido de reunião à Ministra da Saúde exclusivamente sobre os Cuidados de Saúde Primários.

A FNAM denuncia «atrasos e irregularidades» nos concursos e na contratação de médicos, alertando que meio ano depois de 1350 médicos terem concluído a sua formação, apenas 400 estão colocados no SNS.

Em conferência de imprensa para anunciar o balanço dos primeiros meses do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, Ana Paula Martins assegurou que o Estado financiará os grandes grupos económicos. 

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) convocou uma greve para 24 e 25 de Setembro, com manifestação, no primeiro dia, em frente ao Ministério da Saúde, e outras formas de luta.

Em Agosto, apenas a urgência de obstetrícia de Faro funcionou na região. A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde de Portimão denuncia a carência dos serviços «a fazer crescer o negócio da saúde».

No campo da saúde, a política de direita levada a cabo por PSD/CDS-PP e que muito agrada à extrema-direita foi desenhada pelo PS. Com Correia de Campos enquanto ministro da Saúde deu-se o encerramento de maternidades e o privado aproveitou a deixa. 

Os vereadores comunistas criticam o anúncio da Câmara de Lisboa referente a uma unidade hospitalar, centro de saúde e serviço de urgências, por entenderem que é mais um passo no caminho da fragilização do SNS. 

Ana Paula Martins inaugurou hoje o Centro de Atendimento Clínico do Hospital da Prelada, uma unidade de saúde da Misericórdia do Porto criada com financiamento público. Sobre as urgências, a ministra diz que esta é a solução.

Foi aprovado em Conselho de Ministros um financiamento de 65 milhões de euros para o centro de atendimento clínico no Hospital da Prelada da Misericórdia do Porto. Enquanto há essa transferência de recursos, o SNS vai-se desmoronando.