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Acção solidária com os presos palestinianos em Hebron

Na mobilização que teve lugar no Sul da Cisjordânia ocupada mereceu especial destaque a situação do preso Maher al-Akhras, que hoje cumpre 101 dias em greve de fome e se encontra em estado crítico.

Imagem de um vídeo realizado pelo advogado de Maher al-Akhras, há 100 dias em greve de fome, e publicado pela Quds News Network
Créditos / mondoweiss.net

A cidade de Hebron/Al-Khalil foi palco de uma acção, esta terça-feira, em prol dos presos palestinianos, em especial de Maher al-Akhras, que ontem cumpria cem dias de greve de fome por tempo indeterminado contra a sua detenção administrativa, decretada pelas forças de ocupação israelitas.

Os participantes na iniciativa vincaram o seu apoio a al-Akhras, revelou a agência WAFA, sublinhando que o prisioneiro palestiniano está a levar a cabo uma batalha em defesa da dignidade e dos direitos do povo palestiniano face ao ocupante.

Os participantes pediram ainda às organizações internacionais humanitárias e de defesa dos direitos humanos, ao Conselho dos Direitos Humanos e à Cruz Vermelha que intervenham com urgência e pressionem as autoridades israelitas no sentido da libertação imediata de Maher al-Akhras.

Há mais de cem dias em greve de fome

Maher al-Akhras tem 49 anos e reside na cidade de Silat ad-Dhahr, perto de Jenin (Margem Ocidental ocupada). Foi preso pelas forças israelitas a 27 de Julho último e condenado a quatro meses de detenção administrativa, sem acusação nem julgamento. Trata-se da sua quinta detenção administrativa.

Foi preso pela primeira vez em 1989, durante sete meses. Na segunda vez, em 2004, esteve detido dois anos. Foi novamente preso em 2009, tendo estado 16 meses em detenção administrativa, e outra vez em 2018, quando passou 11 meses em detenção.

Há tempo, o Supremo Tribunal Israelita recusou-se a decretar a sua libertação imediata, pelo que al-Akhras decidiu continuar o jejum. Para protestar contra a prática da detenção administrativa, que permite a Israel manter os palestinianos na cadeia, sem acusação nem julgamento, renovando indefinidamente os períodos de detenção, os presos palestinianos têm recorrido continuamente a greves de fome por tempo indeterminado.

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