Os falecimentos ocorreram ontem, com poucas horas de intervalo, e foram de imediato reportados pela comissão nacional encarregada de travar a doença no país do Sudeste Asiático. Trata-se de dois cidadãos vietnamitas, de 70 e 63 anos, que sofriam de várias doenças do foro cardíaco, renal e respiratório.
O mais velho, oriundo da cidade de Hoi An, no Centro do país, foi internado no passado dia 9 de Julho no Hospital de Da Nang e, depois de vários resultados negativos no teste ao SARS-CoV-2, no dia 27 de Julho verificou-se que era portador do vírus, tendo sido declarado como o paciente número 428, informa a Prensa Latina.
Na quinta-feira, o seu estado de saúde agravou-se e as autoridades sanitárias transferiram-no para um hospital na cidade próxima de Hue, onde faleceu, esta sexta-feira.
O mais novo estava há muito a receber tratamento no Hospital Central de Da Nang, uma vez que, muito antes de ter positivo no teste ao novo coronavírus, apresentava um quadro clínico complicado, associado a doenças respiratórias, insuficiência renal e hipertensão. Também faleceu esta sexta-feira.
Ao cabo de 99 dias, novos contágios comunitários
Também ontem, o número de casos de Covid-19 no Vietname ultrapassou os 500, o que em grande medida se fica a dever a um novo surto na cidade de Da Nang, a quinta mais populosa do país, com mais de um milhão de habitantes.
Ontem, foram detectados 45 novos casos na cidade, o maior número desde o surgimento do novo surto, há uma semana, 25 de Julho. Até então, o Vietname manteve-se 99 dias consecutivos sem contágios comunitários, uma vez que os últimos 276 casos eram importados.
As causas do novo surto estão a ser investigadas pelas autoridades, havendo a suspeita de que estejam associadas ao repatriamento de cidadãos surpreendidos pela pandemia no estrangeiro.
O «ponto mais quente» é o principal hotel de Da Nang, com quase metade dos casos detectados na última semana (93). Agora, estão em vigor na cidade (localizada cerca de 760 quilómetros a sul de Hanói) medidas drásticas de prevenção, com o intuito de travar a propagação do vírus na cidade e fora dela.
Medidas semelhantes – que implicaram o cancelamento dos voos domésticos e dos transportes públicos em determinadas zonas da cidade, e o controlo apertado nas entradas e saídas da urbe, entre outras – foram tomadas na província vizinha de Quang Nam, onde na quinta-feira foram registados mais cinco casos, refere a agência cubana.
Ambos os factos, lamentáveis, não beliscam o desempenho notável no combate à pandemia por parte do Vietname, um país com 96 milhões de habitantes, em vias de desenvolvimento e rodeado de países onde os casos de Covid-19 são aos milhares.
Tanto a Organização Mundial da Saúde como especialistas de vários pontos do mundo reconheceram que, nestes mais de seis meses de combate ao vírus, o país da antiga Indochina foi capaz de conter a doença.
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