Al-Khudari, que é também presidente do Comité Popular para o Levantamento do Bloqueio a Gaza, revelou, em comunicado de imprensa, que 3500 fábricas, oficinas e negócios tiveram de fechar ao longo dos 12 anos de bloqueio.
«Verifica-se o encerramento diário de negócios, fábricas e oficinas na Faixa de Gaza, o que significa um aumento no número de trabalhadores desempregados, além de grandes perdas finaceiras», disse, citado pela PressTV.
Esta situação, acrescentou, levou ao agravamento da situação económica dos habitantes da faixa costeira, onde a taxa de pobreza subiu para 85% e a do desemprego ultrapassou os 60%. De acordo com o deputado, o rendimento diário médio dos habitantes de Gaza é inferior a dois dólares por dia, e há dezenas de milhares de licenciados nas universidades desempregados.
O deputado sublinhou que a situação na Faixa de Gaza se agravou com a retirada de vários programas internacionais de ajuda. Para esse agravamento também contribuiu o facto de os EUA, que eram o maior contribuinte para a UNRWA (agência da ONU de assistência aos refugiados palestinianos no Médio Oriente) ter decidido cortar totalmente a sua contribuição anual de 360 milhões de dólares.
Os cortes na ajuda humanitária depressa se fizeram sentir, atingindo centenas de milhares de pessoas entre a população mais vulnerável, sobretudo na Faixa de Gaza, onde 80% depende dessa ajuda.
Desde a imposição do bloqueio, em 2007, Israel lançou três guerras contra a Faixa de Gaza, matando milhares de pessoas e destruindo as frágeis infra-estruturas do enclave empobrecido.
Neste contexto, o deputado palestiniano e presidente do Comité Popular para o Levantamento do Bloqueio a Gaza solicitou aos países árabes e à comunidade internacional uma intervenção urgente, no sentido de pressionarem Telavive a acabar com o bloqueio.
Também instou a comunidade internacional a encontrar soluções práticas para as diversas crises humanitárias que o território cercado enfrenta como consequência das acções israelitas; de outro modo, alerta, «em 2020 Gaza poderá ser inabitável».
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