No final de Julho, membros da Brigada Juan Rius Rivera, que há mais de três décadas enfrenta o bloqueio imposto pelos EUA e mantém acesa a chama da solidariedade com a maior ilha das Antilhas, deslocaram-se até Camagüey, no Centro-Leste de Cuba.
A quarta visita à capital da província que viu nascer Ignacio Agramonte foi propícia para conhecer melhor os méritos do sistema de Saúde Pública da Ilha, apesar das múltiplas dificuldades que enfrenta devido à situação económica, provocadas pelo cerco norte-americano.
«É a quarta vez que estamos em Camagüey. Tocámos um dos pontos mais sensíveis e instrutivos da Revolução cubana, como é a Saúde. Nós temos uma campanha, que se chama "Abraço à infância cubana", concebida para sensibilizar sobre a questão do bloqueio, pelo que temos de incluir este hospital pediátrico.»
As palavras, dirigidas à imprensa local, foram proferidas por Milagros Rivera Pérez, coordenadora do movimento solidário que veio de Porto Rico – uma ilha das Caraíbas que ainda mantém a condição de Estado Livre Associado dos Estados Unidos da América.
O Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) denunciou as campanhas de perseguição dos EUA contra o Comité de Solidariedade com Cuba em Porto Rico e os membros da XXXI Brigada Juan Rius Rivera. Na sua conta de Twitter, o presidente do ICAP, Fernando González, afirmou que a Ilha e Porto Rico «são de um pássaro as duas asas, recebem flores ou balas sobre o mesmo coração». Ontem, o ICAP já tinha condenado publicamente as campanhas de perseguição e acosso por partes de agentes do FBI contra membros do Comité de Solidariedade com Cuba em Porto Rico e a Brigada Juan Rius Rivera, que foram alvo de investigações e acções intimidatórias, e receberam chamadas telefónicas a questioná-los sobre as suas actividades solidárias com Cuba. Em comunicado, o ICAP destacou a necessidade de «denunciar esta agressão, que viola os elementos mais humanos [e] que é também uma acção contra a Revolução cubana», bem como de «desmascarar as verdadeiras intenções desta nova e agressiva campanha». Também lançou um apelo à comunidade internacional para que apoie a Brigada Juan Ruis Rivera, que, ao longo de mais de três décadas, visitou Cuba para manifestar a solidariedade dos porto-riquenhos com o povo da Ilha, condenar o cerco económico, financeiro e comercial imposto por Washington, assim como reafirmar os laços entre os dois países. Numa declaração emitida dia 23, a Red Continental Latinoamericana y Caribeña de Solidaridad con Cuba y las Causas Justas também se solidarizou com a brigada porto-riquenha e exigiu à administração de Joe Biden que trave «esta violação à liberdade do povo borinqueño a expressar a sua solidariedade e amizade com o povo e a Pátria de José Martí». Tanto o ICAP como a Red Continental Latinoamericana denunciaram ainda o facto de Porto Rico se manter submetida ao jugo do colonialismo (há mais de um século), com o «disfarce» do estatuto de Estado Livre Associado. Em declarações à Prensa Latina, a presidente do Comité de Solidariedade com Cuba em Porto Rico, Milagros Rivera, disse que os agentes do Departamento Federal de Investigação dos EUA (FBI) se dirigiram às residências de vários membros da brigada, com o propósito de os interrogar de modo informal. Tendo em conta a atitude dos membros de uma organização que no espaço de 30 anos fez frente ao bloqueio, os agentes do FBI procuraram conhecer detalhes da visita mais recente que realizaram a Cuba, em Julho – a primeira depois de dois anos de interregno por causa da pandemia de Covid-19. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Brigada porto-riquenha solidária com Cuba é alvo de «perseguição»
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Os membros da Brigada Juan Rius Rivera estiveram em Camagüey precisamente quando o Hospital Pediátrico Eduardo Agramonte Piña celebrava o 55.º aniversário e, por isso, foram até a essa unidade hospitalar.
«Para nós é muito importante, de cada vez que vimos a Cuba, falarmos com os responsáveis do sistema de Saúde, sabermos mais sobre as missões internacionais e sobre os docentes», disse Rivera.
«Damo-nos conta de que são as conquistas mais importantes da Revolução, que foram atacadas, e vocês resistiram e avançaram», referiu a dirigente, que, em nome da Brigada Juan Rius Rivera, expressou o seu respeito a todos os trabalhadores.
A Brigada porto-riquenha trouxe a sua solidariedade a Cuba, pela primeira vez, em 1991, e, ao aprofundar o conhecimento da Revolução, transforma-a em fonte de admiração para o povo de Porto Rico que «ama as causas justas e as lutas da esquerda».
Jovens estrangeiros agradecem a Cuba pela oportunidade de estudar Medicina
Cerca de 50 rapazes e raparigas provenientes do Congo e de El Salvador receberam os títulos de graduação em Medicina na Universidade José Aseff Yara, na cidade de Ciego de Ávila, e vão agora regressar aos seus países para, de acordo com os princípios adquiridos, prestarem serviços médicos aos mais necessitados.
Antes da cerimónia de graduação, no dia 1, os jovens mantiveram um encontro com os docentes do curso, plantaram uma árvore e destacaram o contributo da instituição universitária cubana para o desenvolvimento profissional, a cooperação e a formação de recursos humanos no continente africano, indica a Prensa Latina.
Desde 1999, formaram-se na Ilha, em Medicina e outras especialidades de saúde, milhares de jovens de famílias com escassos recursos económicos de diferentes países, no contexto de um programa concebido por Fidel Castro.
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