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China acusa Pompeo de promover a confrontação política na Ásia-Pacífico

Pequim instou os EUA a deter «as acusações e os ataques» e a abandonar a «mentalidade de Guerra Fria», na sequência das afirmações proferidas por Mike Pompeo contra o país asiático no Japão.

Créditos / Xinhua

O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, manteve esta terça-feira, em Tóquio, um encontro com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Japão, da Índia e da Austrália, para abordar a «situação regional», incluindo o Mar Oriental da China e o Mar do Sul da China, e a fronteira sino-indiana.

De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, o Diálogo de Segurança Quadrilateral deve garantir, entre outros aspectos, uma «região Ásia-Pacífico livre e aberta» com mais países.

Após o encontro, Mike Pompeo lançou-se contra a China, em declarações à imprensa japonesa, afirmando que o mundo enfrenta há muito as ameaças da China, sublinhando a necessidade de os aliados regionais entenderem «os desafios colocados pelo Partido Comunista chinês» e se unirem contra «a exploração, a coerção e a corrupção» chinesas, refere a RT.

Em resposta, a Embaixada chinesa no Japão afirmou, num comunicado emitido esta quarta-feira, que a China defendeu sempre que qualquer cooperação multilateral deve suportar o espírito de abertura, tolerância e transparência, em vez de promover «pequenos círculos» fechados e exclusivos, e que não deve atingir ou prejudicar os interesses de terceiras partes.

«Esperamos que países relevantes façam mais para dinamizar a compreeensão mútua e a confiança entre os países na região, promovam a paz regional, a estabilidade e o desenvolvimento, e não o contrário», lê-se no comunicado, citado pelo Global Times.

Pequim, através da sua Embaixada em Tóquio, acusa «Pompeo de ter repetidamente mentido sobre a China e ter criado a confrontação política, de forma maliciosa».

Notando que os esquemas de Pompeo «não terão êxito», a China insta «os EUA a abandonar a mentalidade de Guerra Fria e o preconceito ideológico», a «deter as acusações e os ataques» ao país asiático, bem como a «tratar as relações com a China de forma construtiva».

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